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Guia Completo: Como Calcular e Analisar o EBITDA

brunosebrunose
Agosto 23, 2023

O EBITDA é um indicador amplamente utilizado por pessoas investidoras, analistas e gestoras para avaliar a saúde financeira de uma empresa. Isso porque ele permite comparar o desempenho de diferentes empresas do mesmo setor, por eliminar as diferenças contábeis e fiscais entre elas.

O cálculo do EBITDA é feito somando-se o lucro operacional da empresa com as despesas de depreciação e amortização. Ele é importante, pois permite uma análise mais precisa da capacidade de geração de caixa da empresa, isolando os efeitos financeiros e contábeis.

Além disso, ele também é utilizado para calcular outros indicadores financeiros, como a margem EBITDA (EBITDA dividido pela receita líquida) e o múltiplo EBITDA (valor de mercado da empresa dividido pelo EBITDA), utilizados para avaliar o valor de uma empresa e compará-la com outras do mesmo setor.

Em resumo, este indicador é importante por fornecer uma visão mais precisa do desempenho operacional de uma empresa, permitindo uma análise mais eficiente e comparável. Continue a leitura para saber em detalhes o que é EBITDA, qual a sua importância e como calcular!

EBITDA — definição e significado

EBITDA é a sigla para o termo em inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization. Dessa forma, EBITDA significa em português “Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”. Este é um indicador financeiro utilizado para analisar o desempenho operacional de uma empresa, excluindo os efeitos de juros, impostos, depreciação e amortização.

Essa métrica é utilizada para comparar a rentabilidade de empresas de diferentes setores ou com diferentes estruturas de capital, por eliminar fatores não operacionais que podem distorcer os resultados. Além disso, o EBITDA também é usado para avaliar a capacidade de uma empresa gerar fluxo de caixa e pagar suas obrigações financeiras.

No entanto, é importante ressaltar que o EBITDA não é um indicador de lucratividade líquida, pois não considera as despesas financeiras e os impostos. Portanto, é necessário analisar outras métricas financeiras, como o lucro líquido, para obter uma visão mais completa da saúde financeira de uma empresa.

Qual a diferença entre EBIT e EBITDA?

EBIT e EBITDA são dois indicadores financeiros amplamente utilizados para avaliar o desempenho operacional de uma empresa. Ambos fornecem uma medida da lucratividade antes de considerar itens financeiros e não operacionais. Contudo, eles diferem em relação aos itens excluídos em seus cálculos. A seguir, você confere qual a principal diferença entre eles.

  • EBIT (Earnings Before Interest and Taxes): também conhecido como lucro operacional, o EBIT é calculado subtraindo-se os custos operacionais (excluindo juros e impostos) da receita total da empresa. O EBIT mede a lucratividade da empresa antes de considerar a estrutura de capital e as políticas fiscais e, é calculado da seguinte forma: EBIT = Receita Total – Custos Operacionais
  • EBITDA: é uma medida ainda mais ampla da lucratividade operacional, que exclui não apenas juros e impostos, mas também depreciação e amortização. Esses elementos não são considerados despesas operacionais diretas, pois não refletem diretamente o desempenho das operações centrais da empresa.

Como calcular o EBITDA

Para fazer o cálculo do EBITDA é utilizada a seguinte fórmula básica:

EBITDA = Lucro Operacional + Depreciação + Amortização

  1. Comece calculando o lucro operacional da empresa. Isso pode ser obtido a partir do demonstrativo de resultados, subtraindo-se todas as despesas operacionais, como custos de produção, salários, aluguel, marketing, entre outros, da receita total.
  2. Em seguida, adicione a depreciação ao lucro operacional. A depreciação é uma despesa não monetária que reflete a perda de valor de ativos físicos ao longo do tempo. Ela é geralmente encontrada no balanço patrimonial da empresa.
  3. Depois, adicione a amortização ao valor obtido. A amortização é uma despesa não monetária que reflete a perda de valor de ativos intangíveis, como patentes, marcas registradas e direitos autorais. Ela também é encontrada no balanço patrimonial.
  4. O resultado obtido é o EBITDA, que representa o lucro operacional da empresa antes de considerar os efeitos das despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização.

    É importante ressaltar que o EBITDA é uma medida não padronizada e não é reconhecida pelos princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP — Generally Accepted Accounting Principles). Portanto, é necessário analisar outras métricas financeiras e considerar o contexto específico da empresa ao interpretar o valor do cálculo da margem EBITDA.


    Utilidade do EBITDA na análise financeira

    Uma das principais vantagens do EBITDA, é que ele permite uma visão mais clara da saúde financeira de uma empresa ao mostrar o desempenho operacional puro, sem a interferência de fatores externos, como a estrutura de capital ou a política fiscal. Isso é especialmente útil ao comparar empresas de diferentes setores ou com diferentes estruturas de financiamento.

    Além disso, o EBITDA é um indicador que facilita a comparação entre empresas de diferentes tamanhos, pois não é influenciado pelas políticas de depreciação e amortização. Isso é importante porque empresas maiores tendem a ter ativos mais antigos, portanto, maiores despesas de depreciação, o que pode distorcer a comparação com empresas menores.

    Outra vantagem do EBITDA é que ele permite uma avaliação mais precisa da capacidade de geração de caixa de uma empresa. Como exclui os efeitos financeiros e fiscais, ele mostra quanto dinheiro a empresa consegue gerar apenas com suas operações. Isso é fundamental para avaliar a capacidade de uma empresa de pagar suas dívidas, investir em novos projetos ou distribuir dividendos aos acionistas.

    No entanto, é importante ressaltar que o EBITDA não é um indicador perfeito e deve ser utilizado em conjunto com outros indicadores financeiros na análise de uma empresa. Por exemplo, ele não considera as despesas com juros e impostos, fatores importantes na estrutura de capital e na política fiscal de uma empresa.

    Além disso, ele não reflete necessariamente a capacidade de geração de caixa a longo prazo, já que não considera os investimentos em ativos fixos necessários para o crescimento do negócio.

    Interpretação do EBITDA

    Para interpretar os resultados do EBITDA, é necessário considerar alguns aspectos importantes:

    1. Lucro operacional: o EBITDA fornece uma visão do lucro operacional da empresa, excluindo os efeitos de juros, impostos, depreciação e amortização. Isso permite que pessoas investidoras e analistas, avaliem a capacidade da empresa de gerar lucro a partir de suas operações principais.
    2. Eficiência operacional: este indicador também pode ser usado para comparar a eficiência operacional de diferentes empresas dentro do mesmo setor. Quanto maior o EBITDA em relação à receita, melhor a eficiência operacional da empresa.
    3. Crescimento: o EBITDA também pode ser usado para avaliar o crescimento de uma empresa ao longo do tempo. Um aumento no EBITDA indica um crescimento saudável, enquanto uma diminuição pode ser um sinal de problemas financeiros.
    4. Endividamento: o indicador é frequentemente usado para calcular a capacidade de uma empresa de pagar suas dívidas. Um EBITDA alto em relação à dívida indica que a empresa tem uma boa capacidade de pagamento, enquanto um EBITDA baixo pode indicar dificuldades financeiras.
    5. Investimentos: o EBITDA também pode ser usado para avaliar a capacidade de uma empresa de investir em novos projetos ou expandir seus negócios. Quando o EBITDA está alto, indica que a empresa tem recursos disponíveis para investir, já quando está baixo pode indicar restrições financeiras.

    Vale lembrar que ao analisar o EBITDA, é importante considerar o contexto geral e usá-lo em conjunto com outras métricas para uma análise mais completa.

    Qual o percentual de EBITDA ideal para uma empresa?

    Não existe um percentual de EBITDA considerado “ideal” que se aplique a todas as empresas em geral. O percentual de EBITDA considerado adequado ou desejável pode variar significativamente conforme o setor da indústria, o estágio de desenvolvimento da empresa, sua estrutura de capital, os custos operacionais específicos, entre outros fatores.

    Algumas indústrias, como tecnologia e serviços, podem ter EBITDA mais elevados, enquanto setores com maiores custos de produção, como manufatura, podem ter margens de EBITDA mais baixas. Além disso, empresas em estágios iniciais de crescimento podem ter margens de EBITDA mais baixas, uma vez que estão investindo em expansão e podem ter custos operacionais mais altos.

    Dessa forma, não há um percentual de EBITDA universalmente ideal para todas as empresas. É fundamental considerar as particularidades do setor e as circunstâncias específicas da empresa ao avaliar a saúde financeira e o desempenho operacional.

    Limitações do EBITDA

    Uma das principais limitações do EBITDA é que ele não considera os custos de juros e impostos. Isso pode distorcer a verdadeira rentabilidade da empresa, uma vez que esses custos são inevitáveis e afetam diretamente o lucro líquido. Ele também não considera a depreciação e a amortização, despesas reais que afetam o fluxo de caixa da empresa. Portanto, ao utilizar apenas o EBITDA, pode-se obter uma visão distorcida da saúde financeira da empresa.

    Outra limitação do EBITDA é que ele também não contempla as variações nos níveis de capital de giro da empresa. O capital de giro é essencial para o funcionamento diário da organização e pode ter um impacto significativo na sua rentabilidade. Ao ignorar essas variações, o EBITDA pode não refletir adequadamente a eficiência operacional da empresa.

    Além disso, o EBITDA não considera os investimentos em ativos fixos da empresa. Isso significa que ele não reflete o impacto dos gastos de capital na capacidade da empresa de gerar lucro. Essa limitação pode ser particularmente relevante para companhias que dependem fortemente de ativos fixos, como indústrias de manufatura.

    As críticas mais comuns relacionadas à utilização do EBITDA incluem a sua manipulação por parte das empresas para melhorar sua aparência financeira. Como o EBITDA não é um indicador contábil padronizado, as empresas têm alguma margem para ajustar seus cálculos e apresentar números mais favoráveis. Isso pode levar a uma falta de transparência e dificultar a comparação entre empresas.

    Outra crítica é que o EBITDA pode dar uma visão excessivamente positiva da saúde financeira de uma empresa, uma vez que ignora alguns dos principais custos e despesas. Isso pode levar a decisões de investimento equivocadas, uma vez que os investidores podem subestimar os riscos associados à empresa.

    Em resumo, embora o EBITDA seja um indicador amplamente utilizado na análise financeira, é importante ter em mente suas limitações. É recomendável complementar a análise do EBITDA com outros indicadores financeiros e considerar cuidadosamente o contexto específico da empresa antes de tomar decisões de investimento.

    Exemplos de cálculo e análise do EBITDA

    Confira a seguir, alguns exemplos práticos de cálculo e análise do EBITDA em diferentes cenários empresariais.

    Indústria de manufatura

    Uma empresa de manufatura produz e vende produtos físicos. Suponha que a empresa tenha uma receita de vendas de $ 1.000.000,00, custos de produção de $ 600.000,00 e despesas operacionais de $ 200.000,00. 

    Nesse caso, o EBITDA seria calculado da seguinte forma: EBITDA = Receita – Custos de produção – Despesas operacionais = $ 1.000.000,00 – $ 600.000,00 – $ 200.000,00 = $ 200.000,00. A principal conclusão a ser tirada é que a empresa está gerando um bom desempenho operacional, pois o EBITDA é positivo.

    Setor de serviços

    Uma empresa de serviços, como uma agência de marketing, não possui custos de produção significativos. Suponha que a empresa tenha uma receita de $ 500.000,00 e despesas operacionais de $ 300.000,00. 

    Nesse caso, o EBITDA seria calculado da seguinte forma: EBITDA = Receita – Despesas operacionais = $ 500.000,00 – $ 300.000,00 = $ 200.000,00. A principal conclusão a ser tirada é que a empresa está gerando um bom desempenho operacional, mesmo com uma margem bruta menor em comparação com a indústria de manufatura.

    Varejo

    Uma empresa de varejo possui uma estrutura de custos diferente, pois precisa levar em consideração os custos de estoque e as despesas com aluguel de lojas. Suponha que uma empresa de varejo tenha uma receita de vendas de $ 2.000.000,00, custos de estoque de $ 800.000,00 e despesas operacionais de $ 500.000,00. 

    Nesse caso, o EBITDA seria calculado da seguinte forma: EBITDA = Receita – Custos de estoque – Despesas operacionais = $ 2.000.000,00 – $ 800.000,00 – $ 500.000,00 = $ 700.000,00. A principal conclusão a ser tirada é que a empresa está gerando um bom desempenho operacional, mesmo com custos de estoque significativos.

    Em todos esses exemplos, o EBITDA é utilizado para avaliar o desempenho operacional das empresas, excluindo itens não operacionais. Além disso, o EBITDA permite comparar o desempenho de diferentes empresas em diferentes setores, uma vez que ele não é afetado pela estrutura de capital ou pela política tributária de cada empresa. 

    EBITDA versus lucro líquido

    O EBITDA e o lucro líquido são dois indicadores financeiros muito utilizados pelas empresas para avaliar a saúde financeira dos negócios. Embora ambos sejam importantes, eles têm diferenças significativas em termos de cálculo e interpretação.

    O lucro líquido é o resultado de uma empresa após a dedução de todas as despesas, impostos e juros do seu total de receitas. É um indicador de quanto dinheiro a empresa realmente ganhou em um determinado período. O lucro líquido é considerado um indicador mais preciso da rentabilidade da empresa, pois leva em consideração todas as despesas e obrigações financeiras.

    Por outro lado, o EBITDA é uma medida do desempenho operacional de uma empresa, antes de considerar os efeitos de juros, impostos, depreciação e amortização. Como visto anteriormente, ele é calculado adicionando-se o lucro operacional (receitas menos custos operacionais) às despesas de depreciação e amortização. Ele é considerado um indicador mais amplo da saúde financeira de uma empresa, por excluir os efeitos de fatores não operacionais, como a estrutura de capital e as políticas fiscais.

    O lucro líquido costuma ser mais indicado para avaliar a saúde financeira de uma empresa a longo prazo. Já o EBITDA é considerado mais relevante quando se deseja analisar o desempenho operacional de uma empresa, comparar empresas de diferentes setores ou avaliar empresas em estágios iniciais.

    Ambos os indicadores têm suas próprias vantagens e limitações, por isso, para realizar uma análise financeira mais completa de uma empresa é recomendado utilizar ambos, a fim de obter resultados mais relevantes.

    O que é dívida líquida EBITDA?

    Dívida Líquida/EBITDA é uma métrica financeira utilizada para avaliar a alavancagem financeira de uma empresa, ou seja, a relação entre sua dívida líquida e seu lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA). Entenda melhor a seguir os componentes dessa métrica:

    • Dívida Líquida: é a diferença entre a dívida total de uma empresa e o valor de seus ativos financeiros líquidos. A dívida total inclui empréstimos, financiamentos, títulos de dívida emitidos e outras obrigações financeiras. Os ativos financeiros líquidos referem-se a disponibilidades de caixa e equivalentes de caixa, investimentos financeiros de curto prazo e outros ativos líquidos facilmente convertíveis em dinheiro.
    • EBITDA: como mencionado anteriormente, este índice representa o lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização. É uma medida do desempenho operacional da empresa e sua capacidade de gerar lucro antes de despesas financeiras e outros fatores não operacionais.

    A relação Dívida Líquida/EBITDA é calculada dividindo-se a dívida líquida pelo EBITDA. O resultado fornece um indicador do número de vezes que a dívida líquida é em relação ao EBITDA, refletindo a capacidade de uma empresa de pagar sua dívida com base em sua geração de lucro operacional.

    Essa métrica é frequentemente utilizada por pessoas investidoras, credoras e analistas para avaliar a saúde financeira de uma empresa e sua capacidade de cumprir seus pagamentos de dívidas. 

    Um valor mais baixo de Dívida Líquida/EBITDA geralmente indica uma posição de endividamento mais saudável, enquanto um valor mais alto pode sinalizar maior risco financeiro e uma capacidade potencialmente limitada de honrar compromissos de dívida.

    É importante ressaltar que os valores considerados adequados ou ideais para a relação Dívida Líquida/EBITDA podem variar conforme a indústria e o setor. Além disso, devem ser avaliados segundo a situação específica da empresa, seus planos de investimento, sua capacidade de gerar fluxo de caixa e outras variáveis relevantes.

    Outros indicadores financeiros complementares ao EBITDA

    Além do EBITDA, existem outros indicadores financeiros que podem ser usados em conjunto para uma análise mais abrangente da saúde financeira de uma empresa. Esses indicadores fornecem informações adicionais sobre a lucratividade, eficiência operacional, solvência e liquidez da empresa. Alguns desses indicadores incluem:

    1. Lucro líquido: como explicado anteriormente, é o resultado após considerar todas as despesas, incluindo impostos e juros, serem deduzidas da receita total. Ele reflete a lucratividade real da empresa e indica se ela está gerando lucro ou prejuízo.
    2. Margem líquida: é calculada dividindo o lucro líquido pela receita total. Ela mostra a porcentagem de lucro que a empresa está gerando em relação à sua receita. Uma margem líquida alta indica uma empresa lucrativa e eficiente.
    3. Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE): é calculado dividindo o lucro líquido pelo patrimônio líquido da empresa. Ele mensura a rentabilidade dos acionistas e indica a eficiência com que a empresa utiliza seus recursos para gerar lucro.
    4. Retorno sobre o investimento (ROI): é calculado dividindo o lucro líquido pelo investimento total. Ele mostra o retorno obtido em relação ao investimento feito na empresa e permite avaliar a eficiência da alocação de capital.
    5. Índice de liquidez: avalia a capacidade da empresa de pagar suas obrigações de curto prazo. Os indicadores mais comuns são o índice de liquidez corrente (ativos circulantes divididos por passivos circulantes) e o índice de liquidez imediata (ativos circulantes menos estoque divididos por passivos circulantes).

    Esses indicadores complementam as informações fornecidas pelo EBITDA, por fornecerem uma visão mais abrangente da saúde financeira da empresa. Enquanto o EBITDA se concentra na lucratividade operacional, os outros indicadores consideram aspectos como lucratividade líquida, eficiência operacional, rentabilidade dos acionistas e capacidade de pagamento. 

    Ao analisar esses indicadores em conjunto, analistas e pessoas que investem podem obter uma visão mais completa da situação financeira da empresa e tomar decisões mais informadas.

    Abordamos no artigo o que é margem EBITDA e qual sua importância como uma ferramenta de análise financeira. Além disso, também vimos a importância do EBITDA para empresas em fase de crescimento, que ainda não geram lucro líquido, mas têm uma boa geração de caixa operacional. 

    Este indicador é uma ferramenta valiosa para a análise financeira. Por isso, é fundamental compreender como calcular a margem EBITDA, para ter uma melhor compreensão do desempenho operacional de uma empresa e sua capacidade de gerar caixa.

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    holding

    Holding: o que é, como funciona e qual a importância na Gestão Empresarial

    brunosebrunose
    Agosto 21, 2023

    As holdings desempenham um papel fundamental na gestão empresarial, proporcionando diversificação, integração, proteção patrimonial e vantagens financeiras para as empresas do grupo. É fundamental compreender seu papel no mundo dos negócios, bem como os diferentes tipos de holdings, suas estruturas e como elas gerenciam uma ampla gama de empresas e ativos. 

    Para entender melhor o que é uma empresa holding, conhecer os benefícios e os desafios que esse tipo de empresa enfrenta, entender como funciona uma holding, como elas operam e qual seu impacto nos mercados globais, continue a leitura do artigo.

    O que é Holding

    Uma holding é uma empresa que possui ações de outras empresas, geralmente controlando sua gestão e estratégia. Ela tem como objetivo principal administrar e controlar outras empresas, atuando como uma espécie de “empresa-mãe”. 

    A importância de uma holding na gestão empresarial está relacionada a diversos fatores. Primeiramente, ela permite a diversificação de investimentos, uma vez que pode ter participação em diferentes setores e empresas. Isso reduz os riscos e aumenta as oportunidades de lucro.

    Ela também pode facilitar a gestão de empresas do mesmo grupo, promovendo a integração e a sinergia entre elas, além de coordenar estratégias e compartilhar recursos, otimizando a operação de todas as empresas envolvidas. Outro aspecto importante é a proteção patrimonial. A holding pode separar o patrimônio pessoal das partes societárias do patrimônio da organização, evitando que eventuais problemas em uma empresa afetem as demais.

    Por fim, a holding pode ter vantagens tributárias e financeiras, como a possibilidade de utilizar prejuízos fiscais de uma empresa para compensar lucros de outras empresas do grupo.

    Tipos de holdings

    Agora que vimos o que é uma empresa holding, é importante ressaltar que existem diferentes tipos de holdings, cada uma com características específicas. Confira a seguir, quais são os principais tipos:

    Holding pura

    É uma empresa que tem como único objetivo controlar e administrar as participações em outras empresas. Ela não possui atividade operacional própria, ou seja, não produz bens ou serviços. 

    Sua principal função é gerenciar os negócios das empresas em que possui ações, garantindo uma gestão estratégica e financeira eficiente. As holdings puras são mais focadas em gestão e podem trazer benefícios como a concentração de poder e a simplificação da estrutura de controle.

    Holding mista

    É uma empresa que além de controlar e administrar participações em outras empresas, também possui atividade operacional própria. Ela pode ser uma empresa que atua em diferentes setores de negócios, tendo participações em empresas de diferentes segmentos. 

    Essa diversificação de negócios pode trazer vantagens como redução de riscos e aumento da rentabilidade. As holdings mistas podem diversificar os negócios e aumentar a rentabilidade, mas também podem enfrentar desafios na gestão de diferentes setores. 

    Holding familiar

    Também conhecida como Holding Patrimonial, é uma empresa que possui ações de outras empresas, mas seu controle e gestão são realizados por membros de uma mesma família. 

    Essa estrutura é comum em empresas familiares, onde a holding é criada para reunir e controlar os negócios da família, garantindo a continuidade e preservação do patrimônio familiar ao longo das gerações. 

    A respeito de como funciona uma holding familiar, vale salientar que apesar de preservar o patrimônio da família, as holdings familiares podem enfrentar desafios relacionados à sucessão e à governança corporativa.

    Vantagens da criação de uma holding

    A criação de uma holding traz diversas vantagens para as pessoas empresárias e investidoras, principalmente no que diz respeito à proteção patrimonial, planejamento sucessório e redução de custos. Confira a seguir alguns dos principais benefícios em detalhes:

    • Proteção patrimonial: essa é uma das principais vantagens de se criar uma holding. Isso porque ao transferir os bens e ativos para uma empresa holding, é possível proteger seu patrimônio pessoal de eventuais problemas financeiros ou jurídicos da empresa operacional. Isso significa que, em caso de falência ou demandas judiciais, os bens pessoais do empresário não estarão em risco, pois estarão separados dos ativos da empresa.
    • Planejamento sucessório: outra vantagem importante da criação de uma holding é planejar a sucessão de seus bens e negócios de forma mais eficiente, garantindo a continuidade da empresa familiar. Através da distribuição das ações da holding entre as pessoas herdeiras, é possível evitar conflitos familiares e garantir que a gestão da empresa seja feita de forma harmoniosa e profissional.
    • Redução de custos: a holding pode centralizar a gestão financeira e administrativa de várias empresas do grupo, resultando em economia de escala. Além disso, ela também pode se beneficiar de regimes fiscais mais favoráveis, como a possibilidade de consolidar os resultados financeiros de todas as empresas do grupo, o que pode resultar em uma carga tributária menor.
    • Planejamento tributário: a holding possibilita aproveitar benefícios fiscais e evitar a incidência de impostos desnecessários. Além disso, ela pode ser estruturada para otimizar a tributação, considerando aspectos como a localização geográfica das empresas do grupo e a legislação tributária vigente.

    É importante ressaltar que a criação de uma holding deve ser feita com o auxílio de profissionais especialistas em áreas como direito ou contabilidade, para garantir que a estrutura seja adequada e legalmente válida.

    Estrutura da holding

    Tendo em mente o que é holding empresarial, cabe ressaltar que sua estrutura pode variar segundo as necessidades e objetivos do grupo. Confira a seguir, um panorama da estrutura de uma holding.

    • Holding controladora: em geral, é uma empresa de porte maior, com maior capacidade financeira e recursos para investir em outras empresas. Ela pode ser uma sociedade anônima (S.A.) ou uma sociedade limitada (Ltda.), dependendo do tipo de sociedade adotada pelos acionistas.
    • Holdings subsidiárias: são as empresas dirigidas pela holding controladora ou por meio de outras subsidiárias intermediárias. Elas podem ser de um mesmo setor ou de setores diferentes, mas com atuações complementares.
    • Participações societárias: são as ações ou cotas que a holding controladora possui nas subsidiárias. Essas participações podem ser majoritárias, quando a holding controladora possui mais de 50% das ações ou cotas da subsidiária, ou minoritárias, quando possui menos de 50% das ações ou cotas.

    A estrutura da holding permite que a empresa controladora exerça o controle sobre as subsidiárias, podendo realizar a gestão estratégica do grupo empresarial em sua totalidade. Além disso, a holding também pode se beneficiar de sinergias entre as subsidiárias, como compartilhamento de recursos, conhecimentos e experiências.

    A criação de uma holding pode trazer diversos benefícios para o grupo empresarial, como a redução de riscos, a otimização de recursos, a diversificação de investimentos e a proteção do patrimônio. No entanto, é importante ressaltar que a estrutura da holding deve ser bem planejada, considerando aspectos legais, tributários e financeiros, para garantir o sucesso e a sustentabilidade do grupo empresarial.

    Governança corporativa na holding

    A governança corporativa é fundamental para uma holding, pois é responsável por estabelecer as diretrizes e normas que orientam a gestão da empresa. Ela busca garantir a transparência, a ética e a responsabilidade na tomada de decisões, visando proteger os interesses dos acionistas e demais stakeholders.

    Uma das principais contribuições da governança corporativa para uma gestão eficiente é a criação de mecanismos de controle e fiscalização. Isso inclui a definição de comitês de auditoria e a adoção de práticas de prestação de contas, que permitem acompanhar e monitorar o desempenho da holding. Dessa forma, a governança corporativa ajuda a evitar fraudes, desvios de recursos e outros problemas que possam comprometer a eficiência da gestão.

    Além disso, a governança corporativa também estimula a profissionalização da gestão, por estabelecer critérios para a seleção de pessoas executivas competentes e comprometidas, assim como mecanismos de avaliação de desempenho. Isso contribui para a formação de uma equipe de gestão qualificada, capaz de tomar decisões estratégicas e promover o crescimento sustentável da holding.

    Outro aspecto importante é a proteção dos direitos de quem é acionista minoritário (a). A governança corporativa visa garantir que todos os acionistas tenham seus direitos respeitados e possam participar das decisões da empresa. Isso fortalece a confiança de quem investe e atrai capital para a holding, possibilitando o financiamento de projetos e o crescimento da empresa.

    Aspectos legais e tributários

    A criação e gestão de uma holding envolve diversos aspectos legais e tributários que devem ser considerados por quem está empreendendo. Uma holding é uma empresa que tem como principal objetivo controlar outras empresas, geralmente através da aquisição de suas ações. 

    Uma das principais vantagens de se criar uma holding é a possibilidade de planejamento tributário. A holding pode ser utilizada para centralizar a gestão e o controle das empresas do grupo, facilitando a administração e a obtenção de benefícios fiscais. Ela também pode optar pelo regime de tributação mais vantajoso, além de poder realizar a transferência de lucros entre as empresas do grupo de forma mais eficiente, reduzindo a carga tributária.

    Outro benefício fiscal relacionado à criação de uma holding é a possibilidade de aproveitar a chamada “holding familiar”. Nesse caso, a holding é constituída por membros de uma mesma família, que podem se beneficiar de regras específicas de tributação, como a isenção de Imposto de Renda sobre os lucros distribuídos aos acionistas.

    No entanto, é importante ressaltar que a criação de uma holding deve ser feita de forma adequada, seguindo todas as regras legais e tributárias. Caso contrário, a empresa pode ser alvo de autuações fiscais e sofrer penalidades. 

    Como já mencionamos, é fundamental contar com o auxílio de uma assessoria especializada em direito empresarial e tributário na criação e gestão da holding para evitar quaisquer tipos de problemas fiscais.

    Planejamento sucessório e patrimonial

    Como vimos, uma das principais vantagens da holding é a proteção dos ativos. Ao transferir os bens para a empresa holding, eles passam a ser propriedade da pessoa jurídica, o que dificulta o acesso de terceiros a esses ativos. Dessa forma, a holding atua como uma barreira de proteção contra eventuais credores, evitando que eles tenham acesso direto aos bens dos herdeiros.

    Além disso, a holding também permite uma melhor organização e gestão do patrimônio. Por meio da estrutura societária, é possível separar os bens e negócios em diferentes subsidiárias, facilitando a administração e a sucessão dos mesmos. Isso evita conflitos entre herdeiros e garante uma transição mais tranquila e eficiente do patrimônio.

    No que se refere à transferência de herança, a holding também desempenha um papel importante. Ao transferir as ações da holding para as pessoas herdeiras, é possível evitar a divisão direta dos bens, o que muitas vezes pode gerar conflitos e disputas familiares. A holding permite que a sucessão seja feita de forma mais equitativa e planejada, respeitando as vontades da pessoa proprietária e evitando possíveis brigas entre as pessoas que herdarão a empresa.


    Desvantagens da criação de uma holding

    Ao longo do artigo, entendemos o que é holding patrimonial e observamos as inúmeras vantagens de sua criação, como a proteção dos ativos, a redução de impostos e a facilitação na sucessão empresarial. Contudo, considerando o que é holding familiar e seus outros tipos, é importante lembrar que também existem algumas desvantagens nessa estrutura, que devem ser consideradas.

    Confira a seguir alguns dos principais desafios na criação de uma holding:

    • Complexidade na gestão: por dirigir outras empresas, a holding implica em uma administração mais complexa e exigente. É necessário ter um conhecimento aprofundado dos negócios controlados, além de uma equipe de gestão qualificada e experiente. Essa complexidade pode demandar tempo e recursos, representando um desafio para empresas menores ou com recursos limitados.
    • Custo da criação e manutenção de uma holding: uma holding requer uma estrutura de governança corporativa adequada, o que pode gerar despesas adicionais, além dos custos legais, contábeis, de consultoria e custos tributários mais elevados, uma vez que cada empresa controlada será tributada separadamente.
    • Conflitos de interesses entre as empresas dirigidas: cada empresa terá seus próprios objetivos e estratégias, o que pode dificultar a tomada de decisões em benefício do grupo. Esses conflitos podem afetar a eficiência e a sinergia entre as empresas controladas, prejudicando a performance do grupo como um todo.

    Exemplos de holdings de sucesso

    Existem atualmente, diversas holdings conhecidas e bem-sucedidas em diferentes setores da economia. A seguir, você confere alguns exemplos de holdings e suas estratégias e resultados alcançados.

    1. Berkshire Hathaway: a holding liderada por Warren Buffett é conhecida por investir em empresas de diversos setores, como seguros, energia, varejo e tecnologia. Sua estratégia consiste em adquirir empresas com bom desempenho e gestão eficiente, mantendo-as como subsidiárias independentes. A Berkshire Hathaway obteve um crescimento significativo ao longo dos anos, com um aumento de mais de 2.800.000% no valor das ações desde sua criação.
    2. Alphabet Inc.: a holding mãe do Google é uma das empresas mais valiosas do mundo. Sua estratégia é focada em inovação e desenvolvimento de tecnologias disruptivas. A Alphabet investe em diversos setores, como inteligência artificial, carros autônomos e saúde. Seus resultados incluem um crescimento constante de receita e lucro, além de uma forte presença global.
    3. JAB Holding Company: esta holding é especializada em investimentos no setor de alimentos e bebidas. Seu portfólio inclui marcas conhecidas como Krispy Kreme, Panera Bread e Keurig Dr Pepper. A estratégia da JAB é adquirir empresas com potencial de crescimento e melhorar sua eficiência operacional. A holding tem obtido sucesso, com um aumento significativo nas vendas e lucros de suas subsidiárias.

    Esses são apenas alguns exemplos de holdings bem-sucedidas. Cada uma delas possui estratégias e resultados específicos, mas todas compartilham a capacidade de identificar oportunidades de investimento e gerenciar efetivamente suas subsidiárias para alcançar o sucesso financeiro.

    Em síntese vimos o que é uma holding, uma organização que possui participação acionária em outras empresas, permitindo a centralização do controle e da administração das empresas do grupo. Assim como é importante saber gerenciar uma holding para administrar de maneira eficaz as empresas que a compõem, é importante que as organizações acompanhem as tendências financeiras que dominam o mercado. 

    Para isso, é fundamental contar com uma plataforma de soluções de pagamento como a Payoneer, que permite centralizar e otimizar todo o processo de pagamentos e recebimentos, com o suporte e verificação internacional. Conheça nossas áreas de atuação e as soluções disponíveis!

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