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volatilidade

GUIA: Entendendo a Volatilidade no Mercado Financeiro

brunosebrunose
Setembro 8, 2023

O mercado financeiro é conhecido pela sua instabilidade, por apresentar constante variação dos preços dos ativos, além da incerteza dos investimentos, reforçando o quão volátil um ativo pode ser. Quanto maior a volatilidade, maior é a variação dos preços, o que pode indicar riscos mais significativos para quem investe. Por isso, a volatilidade pode ser utilizada como uma ferramenta para avaliar a eficiência de um mercado. 

Continue a leitura para saber o que significa volatilidade no mercado financeiro, como ela pode ser medida e como as pessoas investidoras podem utilizar essa informação para tomar decisões mais assertivas em seus investimentos.

O que é volatilidade?

A volatilidade é uma medida estatística que indica a variação do preço de um ativo financeiro em um determinado período de tempo. Ela reflete a instabilidade e a imprevisibilidade dos movimentos de preços de um ativo, podendo ser alta ou baixa. 

A volatilidade é importante para quem investe, seja a longo ou curto prazo (traders), pois indica o risco associado a um ativo. Ativos com alta volatilidade tendem a apresentar maiores variações de preço, o que pode gerar oportunidades de lucro, mas também aumenta o risco de perdas. Por outro lado, ativos com baixa volatilidade têm menor variação de preço, o que pode ser mais seguro, mas também pode limitar as oportunidades de lucro.

Volatilidade — Significado

Segundo o dicionário, o termo “volatilidade” está relacionado a tudo aquilo que é volátil; característica ou estado do que é inconstante, mutável, instável; instabilidade. Por isso, o termo é utilizado no mercado financeiro, para se referir à instabilidade e a variação dos preços dos ativos financeiros.

Como medir a volatilidade

Medir a volatilidade é fundamental para compreender o risco associado a um investimento ou ativo, bem como para a tomada de decisões em estratégias de negociação. Existem várias maneiras de medir a volatilidade, e algumas das abordagens mais comuns incluem:

  • Desvio Padrão: é uma medida estatística que mede a dispersão dos preços em relação à média. Quanto maior o desvio padrão, maior a volatilidade. É uma medida simples e amplamente utilizada para avaliar a volatilidade histórica de um ativo.
  • Amplitude de Preço: é a diferença entre o preço máximo e o preço mínimo de um ativo em um determinado período. Uma amplitude maior indica maior volatilidade.
  • Variação Percentual: é a diferença entre o preço de fechamento de um ativo em um período e o preço de fechamento do período anterior, expressa como uma porcentagem. Uma variação percentual maior indica maior volatilidade.
  • Índice de Volatilidade: este índice, como o Índice de Volatilidade CBOE (VIX), é uma medida que estima a volatilidade futura do mercado de ações com base nas opções de compra e venda. Quando o VIX é elevado, sugere-se que os investidores e investidoras esperam maior volatilidade nos preços das ações no futuro.
  • Média True Range (ATR): é uma medida da volatilidade média em um determinado período. Ele considera os preços de abertura, máxima, mínima e de fechamento para calcular a faixa média verdadeira.
  • Beta: é uma medida de sensibilidade de um ativo em relação ao movimento geral do mercado. Um beta maior que 1 indica maior volatilidade em relação ao mercado, enquanto um beta menor que 1 indica menor volatilidade.

É importante lembrar que a volatilidade não é uma medida de direção do mercado, mas sim da amplitude das flutuações de preços. Dessa forma, ativos altamente voláteis podem oferecer oportunidades de lucro, mas também estão associados a um maior risco. 

Por outro lado, ativos com menor volatilidade tendem a ser mais estáveis, mas podem ter um potencial de retorno menor. A escolha entre investir em ativos voláteis ou menos voláteis depende do perfil de risco e objetivos de quem está investindo.

Tipos de volatilidade

Existem diferentes tipos de volatilidade, amplamente utilizadas no mercado financeiro para avaliar o risco e a rentabilidade de um investimento. Confira a seguir os principais tipos.

Volatilidade histórica

A volatilidade histórica é calculada com base nos preços passados de um ativo. Ela mede a variação dos preços em um determinado período, geralmente utilizando a fórmula do desvio padrão. A volatilidade histórica possibilita analisar a volatilidade passada de um ativo e pode auxiliar os investidores a prever a volatilidade futura.

Volatilidade implícita

A volatilidade implícita, por sua vez, é calculada a partir dos preços das opções de um ativo. Ela reflete as expectativas do mercado em relação à volatilidade futura do ativo subjacente. A volatilidade implícita é útil para investidores e investidoras que desejam avaliar o risco de uma posição em opções, e pode ser usada para comparar a volatilidade implícita de diferentes ativos.

Volatilidade realizada

A volatilidade realizada é calculada com base nos preços históricos de um ativo, assim como a volatilidade histórica. No entanto, ela é calculada em tempo real, utilizando os preços mais recentes do ativo. Ela é útil para os investidores que desejam acompanhar a volatilidade atual de um ativo e pode ser usada para ajustar estratégias de negociação de curto prazo.

Cada tipo de volatilidade tem suas próprias aplicações e pode fornecer informações valiosas para os investidores e investidoras na tomada de decisões de investimento.

Fatores que influenciam a volatilidade

A volatilidade do mercado financeiro é influenciada por uma combinação de fatores externos e aspectos psicológicos dos investidores. Por isso, é importante que as pessoas que investem estejam cientes desses fatores e compreendam como eles podem afetar seus investimentos, a fim de tomar decisões mais informadas e minimizar os riscos associados à volatilidade. Conheça a seguir os principais fatores.

Eventos econômicos

Os eventos econômicos têm um grande impacto para estabelecer um mercado volátil. Por exemplo, anúncios de indicadores econômicos importantes, como o crescimento do PIB, a taxa de desemprego e a inflação, por exemplo, podem influenciar as expectativas de quem investe e gerar movimentos bruscos nos preços dos ativos. 

Além disso, mudanças nas políticas monetárias dos bancos centrais, como alterações nas taxas de juros, também podem afetar a volatilidade, uma vez que impactam o custo do dinheiro e o apetite por risco dos investidores.

Eventos políticos

Os eventos políticos também têm um papel significativo na volatilidade dos mercados. Eleições, crises políticas e mudanças de governo, por exemplo, podem gerar incertezas e instabilidades, afetando a confiança de quem investe e podendo levar a movimentos bruscos nos preços dos ativos. 

Além disso, conflitos geopolíticos, como guerras e tensões comerciais entre países, também podem aumentar a volatilidade, uma vez que afetam o ambiente de negócios e as perspectivas econômicas.

Eventos financeiros

Os eventos financeiros, como a falência de uma grande instituição financeira ou um colapso no mercado imobiliário, também podem ter um impacto significativo na volatilidade. Esses eventos podem gerar pânico nos investidores e investidoras, e levar a vendas em massa de ativos, o que pode resultar em grandes quedas nos preços.

Leia também: Tendências do mundo dos negócios

Aspectos psicológicos de quem investe

Além dos fatores externos, é importante considerar os aspectos psicológicos dos investidores, que também desempenham um papel importante na volatilidade. O medo e a ganância são emoções comuns que podem levar a decisões irracionais, como comprar ou vender ativos em momentos inadequados. Essas reações emocionais podem amplificar a volatilidade e gerar movimentos exagerados nos preços dos ativos.

O impacto da volatilidade nos investimentos

impacto da volatilidade

A volatilidade pode afetar os diferentes tipos de investimentos de diversas formas, seja gerando oportunidades de lucro, aumentando o risco de perdas ou influenciando os preços dos ativos. 

Por isso, é fundamental estar ciente e considerar os efeitos desse impacto ao tomar decisões de investimento. Confira abaixo, o impacto da volatilidade nos diferentes cenários.

Ações

No caso das ações, a volatilidade pode ser tanto positiva quanto negativa. Por um lado, uma alta volatilidade pode gerar oportunidades de lucro para os investidores que conseguem aproveitar as flutuações de curto prazo. Por outro lado, a volatilidade também pode aumentar o risco de perdas significativas, especialmente para quem não tiver preparo para lidar com a oscilação dos preços.

Títulos

No caso dos títulos, a volatilidade afeta principalmente os títulos de renda fixa, como os títulos do governo. Quando a volatilidade aumenta, quem investe tende a buscar ativos mais seguros, o que pode levar a uma queda nos preços dos títulos. Além disso, a volatilidade também pode afetar os rendimentos dos títulos, já que os juros podem variar conforme as condições do mercado.

Commodities

No mercado de commodities, a volatilidade pode ter um impacto significativo nos preços. Por exemplo, a volatilidade do preço do petróleo pode ser influenciada por fatores como a oferta e demanda global, eventos geopolíticos e flutuações cambiais. Isso pode afetar os investimentos em commodities, como contratos futuros de petróleo, ou até mesmo empresas relacionadas ao setor.

Moedas

No mercado de moedas, a volatilidade é uma característica intrínseca, já que as taxas de câmbio estão constantemente mudando. A volatilidade pode ser influenciada por fatores econômicos, políticos e eventos globais. Dessa forma, para quem investe em moedas, ela pode representar tanto oportunidades de lucro quanto riscos significativos, uma vez que as flutuações cambiais podem resultar em ganhos ou perdas substanciais.

Leia também: Converta moedas de forma simples e sem intermediação de terceiros

Gerenciando a volatilidade nos investimentos

O gerenciamento da volatilidade é fundamental para proteger o capital e maximizar os retornos dos investimentos. A combinação de diferentes estratégias e ferramentas, pode ajudar as pessoas investidoras a alcançar esses objetivos. Listamos abaixo, as principais táticas utilizadas para isso.

Diversificação de carteira

Uma das estratégias mais comuns de gerenciar a volatilidade nos investimentos é a diversificação de carteira. Ao investir em diferentes ativos, como ações, títulos, imóveis e commodities, quem investe consegue reduzir o risco de perdas significativas em um único investimento. Dessa forma, os ganhos em um ativo podem compensar as perdas em outro, reduzindo assim a volatilidade geral da carteira.

Uso de derivativos

Outra estratégia utilizada pelos investidores e investidoras é o uso de derivativos. Os derivativos são contratos financeiros que têm seu valor baseado em um ativo subjacente, como ações, índices ou commoditiesEsses instrumentos permitem que quem investe proteja suas posições contra movimentos adversos de preço. Por exemplo, uma pessoa investidora que possui ações de uma empresa, pode comprar opções de venda para se proteger contra uma queda no preço dessas ações. Dessa forma, mesmo que o preço das ações caia, ela pode exercer a opção de vender as ações a um preço pré-determinado.

Análise técnica

A análise técnica também é uma ferramenta amplamente utilizada por pessoas que investem para gerenciar a volatilidade. Ela envolve o estudo de gráficos e indicadores históricos de preços para identificar padrões e tendências. Com base nessa análise, as pessoas que investem podem tomar decisões de compra ou venda de ativos. Por exemplo, se uma pessoa identificar uma tendência de alta em um determinado ativo, ela pode decidir comprar esse ativo na expectativa de que seu preço continue subindo.

Além dessas estratégias e ferramentas, os investidores e investidoras também podem utilizar outras técnicas, como: hedge de carteira, stop loss e investimento em ativos menos voláteis, como títulos do governo. 

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O papel da volatilidade na tomada de decisão

Ao contrário do que pode parecer, a volatilidade não é necessariamente uma coisa ruim. Para pessoas que investem a longo prazo, a volatilidade pode criar oportunidades de comprar ativos a preços mais baixos, o que pode resultar em maiores retornos no longo prazo. No entanto, é fundamental que as pessoas investidoras estejam preparadas para lidar com ela, diversificando adequadamente sua carteira e mantendo um horizonte de investimento de longo prazo.

Como vimos, a volatilidade pode influenciar as decisões de quem investe, apresentando riscos e oportunidades. Por isso, é fundamental acompanhar os índices e adotar estratégias de investimento adequadas para lidar com ela.

As vantagens de investir em meio à volatilidade

Investir durante períodos de alta volatilidade pode trazer diversos benefícios para os investidores e investidoras. Embora a volatilidade seja muitas vezes vista como um risco, vimos que ela também pode ser uma oportunidade para obter retornos maiores e aproveitar oportunidades únicas.

Possibilidade de retornos maiores

Um dos principais benefícios de investir durante períodos de alta volatilidade é a possibilidade de obter retornos maiores. Quando o mercado está volátil, os preços dos ativos tendem a oscilar mais intensamente, o que pode resultar em movimentos mais significativos para cima ou para baixo. 

Isso significa que, se uma pessoa investidora for capaz de identificar oportunidades e tomar decisões de investimento acertadas, ela pode obter retornos mais expressivos em comparação com períodos de baixa volatilidade.

Oportunidades únicas de investimento

A alta volatilidade também pode proporcionar oportunidades únicas de investimento. Isso porque durante períodos de estabilidade, pode ser mais difícil encontrar ativos que estejam subvalorizados ou que apresentem potencial de crescimento significativo. 

No entanto, em momentos de alta volatilidade, as flutuações de preços podem criar desequilíbrios temporários entre oferta e demanda, resultando em oportunidades de compra vantajosas.

Chance de diversificar a carteira de investimentos

Outro benefício de investir durante períodos de alta volatilidade é a possibilidade de diversificar a carteira de investimentos. Quando o mercado está volátil, diferentes ativos tendem a se comportar de maneira distinta, o que pode permitir que quem investe reduza o risco ao diversificar suas posições. Dessa forma, é possível aumentar a resiliência da carteira e minimizar potenciais perdas.

Os desafios de investir em meio à volatilidade

No tópico anterior, vimos alguns benefícios de investir durante períodos de alta volatilidade. Contudo, é importante lembrar que isso também envolve riscos, pois a volatilidade pode ser imprevisível e os movimentos de preços podem ser intensos e rápidos, podendo resultar em perdas significativas.

Confira a seguir os principais desafios de investir em meio à volatilidade, que podem impactar as estratégias e decisões de investimento: 

Dificuldade de prever o mercado

A volatilidade é caracterizada por movimentos rápidos e imprevisíveis nos preços dos ativos, dificultando a antecipação das tendências futuras. A falta de previsibilidade torna mais desafiador identificar oportunidades de lucro e tomar decisões informadas.

Maior incerteza

Quem investe em um cenário de alta volatilidade, pode enfrentar dificuldades em avaliar o risco de seus investimentos devido à imprevisibilidade do mercado. A incerteza pode levar a uma maior aversão ao risco, fazendo com que os investidores se retirem do mercado ou tomem decisões conservadoras, o que pode limitar seu potencial de retorno.

Instabilidade emocional

Nos investimentos em mercados voláteis, é comum existir a necessidade de lidar com emoções como o medo e a ganância. A volatilidade pode levar a movimentos bruscos no mercado, o que pode gerar ansiedade e insegurança nos investidores. O medo de perder dinheiro pode levar a decisões impulsivas, como vender ativos a preços baixos ou evitar investir em momentos de incerteza.

Liquidez do mercado

A alta volatilidade também pode afetar a liquidez do mercado. Durante períodos de volatilidade extrema, pode haver uma redução na disponibilidade de compradores e vendedores, o que pode dificultar a execução de ordens de compra ou venda de ativos. Isso pode levar a um aumento nos custos de transação e tornar mais desafiador para as pessoas que investem ajustarem suas posições conforme as mudanças no mercado.

Para superar esses desafios, os investidores e investidoras devem adotar estratégias de investimento de longo prazo e manter uma abordagem disciplinada em relação às suas decisões de investimento.

Vimos até aqui, o que é volatilidade de mercado — a medida da variação dos preços de um ativo ao longo do tempo, considerada uma das principais fontes de risco nos investimentos. Além disso, compreendemos a importância de conhecer os fatores que influenciam a volatilidade e saber como gerenciá-los, a fim de alcançar sucesso nos investimentos. 

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O conteúdo fornecido neste artigo, incluindo informações relacionadas a preços, taxas e outros encargos, é preciso e válido somente a partir da data de sua publicação. Além disso, mudanças em regulamentos, políticas e condições de mercado aplicáveis ou outros fatores relevantes podem impactar a precisão dos preços e taxas mencionados, além de outros detalhes associados. Em conformidade, esclarece-se ainda que as informações relacionadas a preços, taxas e outros encargos estão sujeitas a alterações, e é sua responsabilidade assegurar que esteja visualizando o conteúdo mais atual aplicável a você. A Payoneer fornecerá as informações mais atuais e precisas relacionadas a preços e taxas como parte do processo de registro de conta. Clientes registrados podem ver essas informações através de sua conta on-line.
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spread financeiro

O que é Spread e qual seu papel no Mercado Financeiro?

brunosebrunose
Setembro 4, 2023

O spread é um conceito fundamental no contexto financeiro e é amplamente utilizado em diversos mercados, tais como: de câmbio, de ações e de crédito. O spread representa a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de um ativo financeiro.

A importância do spread está relacionada ao fato de que ele reflete a liquidez e a eficiência do mercado. Quanto menor o spread, mais líquido e eficiente é o mercado, o que é vantajoso para os investidores, pois significa que eles podem comprar e vender ativos financeiros com facilidade e a preços mais justos.

Continue a leitura para saber mais sobre o conceito de spread, sua importância no mercado financeiro e como calcular os diferentes tipos de spread.

O que é Spread?

No contexto financeiro, o termo “spread”, ou spread bancário, refere-se à diferença entre dois valores relacionados, como preços de compra e venda, taxas de juros ou yields. O spread é um indicador importante para quem investe, pois fornece informações sobre a liquidez e o risco associados a um determinado ativo financeiro.

Spread — Significado

Antes de nos aprofundarmos nas características deste conceito, é importante compreender o que significa spread. A palavra “spread” tem origem na língua inglesa. Ela deriva do verbo “to spread”, que significa: espalhar, expandir, distribuir, em português. 

No contexto financeiro e de investimentos, o termo “spread” começou a ser usado para descrever a diferença entre duas taxas, preços ou valores em meados do século XIX — adotada em muitos outros idiomas, incluindo o português. 

Desde então, tornou-se amplamente utilizado em todo o mundo para denotar a diferença entre taxas de juros, preços de ativos, custos de negociação e outras métricas financeiras. É comum encontrar essa palavra em diversos contextos relacionados a finanças, economia e investimentos em diversos países ao redor do mundo.

Qual a função do Spread?

A função principal do spread é fornecer uma medida da eficiência do mercado e da liquidez de um ativo. Quanto menor o spread, mais líquido é o ativo, pois há uma menor diferença entre os preços de compra e venda. Por outro lado, um spread maior indica uma menor liquidez e pode ser um sinal de que o ativo é mais arriscado.

Tipos de Spread

Existem diferentes tipos de spread, como o spread de crédito, o spread de mercado e o spread cambial, cada um com sua própria importância e aplicação no mercado financeiro. Conheça melhor a seguir cada um deles.

  • Spread de crédito: é a diferença entre as taxas de juros de um título de dívida corporativa e um título do governo com a mesma maturidade. Esse spread reflete o risco de crédito da empresa emitente do título e é uma medida da compensação que os investidores exigem por assumir esse risco.
  • Spread de mercado: é a diferença entre os preços de compra e venda de um ativo financeiro, como ações, títulos ou moedas. Ele é determinado pela oferta e demanda do mercado e pode variar ao longo do tempo. Um spread de mercado mais estreito indica uma maior eficiência do mercado e uma maior liquidez.
  • Spread cambial: é a diferença entre as taxas de câmbio de compra e venda de uma moeda estrangeira. Ele é determinado pelos bancos e casas de câmbio e representa a margem de lucro que eles obtêm ao converter uma moeda em outra. Um spread cambial mais estreito é benéfico para os investidores, pois reduz os custos de transação ao realizar operações de câmbio.

Spread em mercados financeiros

Mercado de ações

No mercado de ações, o spread é relevante para as pessoas investidoras, pois afeta diretamente o custo de negociação. Quanto maior o spread, maior o custo de compra e venda de ações. 

Isso pode reduzir os lucros de quem investe e dificultar a execução de estratégias de curto prazo. Além disso, o spread também pode ser um indicador da liquidez de um determinado ativo. Ativos com spreads menores são mais líquidos, portanto, mais fáceis de comprar e vender.

Mercado de câmbio

Neste mercado, o spread é fundamental para os operadores e operadoras de câmbio. Mas, o que é spread de câmbio exatamente? Ele representa a diferença entre as taxas de compra e venda de moedas estrangeiras. 

O spread no mercado de câmbio é influenciado por fatores como a volatilidade da moeda, a liquidez do mercado e a oferta e demanda. Um spread maior pode aumentar o custo de transação para os operadores de câmbio, o que pode afetar a lucratividade de suas operações.

Leia também: Converta moedas de forma simples e sem intermediação de terceiros

Mercado de títulos

No mercado de títulos, o spread também é relevante para os investidores e investidoras. Ele representa a diferença entre o rendimento de um título e o rendimento de um título de referência, como o rendimento dos títulos do governo. 

O spread no mercado de títulos é influenciado por fatores como o risco de crédito do emissor do título, a liquidez do mercado e as condições econômicas. Um spread maior indica um maior prêmio de risco associado ao título e pode afetar a atratividade do investimento.

Fatores que influenciam o valor do Spread nos diferentes mercados

Os principais fatores que influenciam o valor do spread em diferentes mercados financeiros incluem:

  • Liquidez do mercado: quanto maior a liquidez do mercado, menor tende a ser o spread.
  • Volatilidade do ativo: quanto maior a volatilidade do ativo, maior tende a ser o spread.
  • Oferta e demanda: uma maior demanda por um ativo pode levar a spreads mais estreitos.
  • Risco de crédito: títulos de maior risco de crédito tendem a ter spreads maiores.
  • Condições econômicas: condições como taxas de juros e crescimento econômico, também podem influenciar o spread nos diferentes mercados financeiros.

Spread em negociações de ativos

O spread é uma parte essencial da negociação de ativos financeiros e pode variar conforme o ativo negociado. Entenda melhor a seguir.

  • No mercado de ações: o spread tende a ser menor para ações de empresas maiores e mais líquidas, pois há mais participantes dispostos a comprar e vender esses ativos. Já para ações de empresas menores e menos negociadas, o spread pode ser maior, pois há menos participantes no mercado.
  • No mercado de moedas: o spread também pode variar conforme a liquidez do par de moedas. Pares de moedas mais negociados, como o EUR/USD, geralmente têm spreads menores, enquanto pares de moedas menos negociados, como o USD/ZAR, tendem a ter spreads maiores.

Como minimizar o impacto do spread nas negociações?

Para minimizar esse impacto, os investidores e investidoras podem adotar algumas estratégias. Uma delas é buscar corretoras que ofereçam spreads competitivos. Comparar as taxas cobradas por diferentes intermediários pode ajudar a encontrar as melhores condições de negociação.

Outra estratégia é buscar momentos de maior liquidez no mercado. Durante períodos de alta volatilidade ou em momentos de abertura e fechamento dos mercados, o spread tende a aumentar. Portanto, negociar em momentos de maior estabilidade pode ajudar a minimizar o impacto do spread nas negociações.

Além disso, é importante considerar o tamanho da posição a ser negociada. Em geral, quanto maior o tamanho da posição, maior o impacto do spread nas negociações. Portanto, ajustar o tamanho da posição conforme o spread, pode ser uma estratégia eficaz para minimizar custos.

Spread em operações de crédito

O spread é um componente importante em operações de crédito, como empréstimos e financiamentos, e desempenha um papel fundamental na determinação do custo total do crédito para o tomador. Ele representa a diferença entre a taxa de juros que o banco paga aos depositantes e a taxa de juros que cobra dos tomadores de empréstimos.

A determinação do spread em empréstimos bancários é influenciada pelos seguintes fatores: 

  • Taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central: este é um dos principais determinantes do spread. Quanto maior a taxa básica de juros, maior será o spread, já que os bancos precisam cobrar mais dos tomadores para compensar o aumento nos custos de captação de recursos.
  • Risco de crédito do tomador: quanto maior o risco de inadimplência do cliente, maior será o spread cobrado pelo banco. Isso ocorre porque os bancos precisam precificar o risco de não receberem o valor emprestado, incluindo aí os custos de análise de crédito e provisionamento para perdas.
  • Concorrência entre os bancos: em um mercado mais competitivo, os bancos podem reduzir seus spreads para atrair mais clientes e conquistar maior participação de mercado.

O spread afeta diretamente o custo total do crédito para o tomador. Quanto maior o spread, maior será a taxa de juros cobrada pelo banco e, consequentemente, maior será o custo do empréstimo ou financiamento. Isso pode impactar a capacidade do tomador de arcar com as parcelas do empréstimo e, em última instância, afetar sua capacidade de investimento e consumo.

Spread e risco de mercado

Quanto maior o spread, maior é o risco de mercado. Isso ocorre porque um spread maior indica que existe uma maior diferença entre os preços de compra e venda, o que significa que há uma maior incerteza e volatilidade no mercado. 

Eventos macroeconômicos e geopolíticos têm uma influência significativa no spread. Por exemplo, uma crise econômica ou política pode aumentar a incerteza e a volatilidade nos mercados financeiros, levando a spreads maiores. 

Já um spread menor indica que existe uma maior liquidez e estabilidade no mercado, o que significa que o risco é menor. Da mesma forma, eventos positivos, como um aumento na confiança dos investidores ou uma melhora na economia, podem levar a spreads menores.

Para se proteger contra flutuações excessivas no spread, os investidores podem adotar estratégias como:

  • Diversificar a carteira de investimentos, investindo em diferentes ativos e mercados, de modo a reduzir o risco específico de cada um.
  • Utilizar instrumentos financeiros, como opções e contratos futuros, para proteger suas posições contra flutuações no spread. 
  • Se atentar aos eventos macroeconômicos e geopolíticos, pois eles podem ter um impacto significativo no spread e no risco de mercado.

Spread em investimentos

A importância do spread na tomada de decisão de investimentos está relacionada à rentabilidade do investimento. Quanto maior for o spread, maior será a diferença entre o preço de compra e o preço de venda, o que pode impactar diretamente a rentabilidade do investimento. 

Um spread mais baixo, significa que o investidor ou investidora terá que esperar mais tempo para obter um retorno significativo. Já um spread mais alto, pode resultar em lucros mais rápidos.

Ao analisar o spread de diferentes oportunidades de investimento, quem investe deve tomar alguns cuidados:

  • Considerar a liquidez do ativo, pois ativos com baixa liquidez tendem a ter spreads mais altos.
  • Analisar a volatilidade do mercado, pois períodos de alta volatilidade podem levar a spreads mais elevados.
  • Verificar se o spread está dentro dos padrões de mercado. Spreads muito altos podem indicar problemas, como falta de demanda pelo ativo ou falta de liquidez no mercado. Por outro lado, spreads muito baixos podem indicar um mercado saturado ou uma falta de oportunidades de investimento.

Como calcular Spread

Como vimos, o spread é um indicador financeiro que mede a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de um ativo financeiro, como ações, títulos, moedas ou commodities. Ele é uma das principais formas de remuneração das instituições financeiras, como bancos e corretoras, e representa o lucro que elas obtêm ao intermediar as transações.

O spread é calculado subtraindo-se o valor de compra do valor de venda. Dessa forma, é necessário conhecer o preço de compra e o preço de venda do ativo para calcular o spread. Por exemplo: 

  • Se um título tem um preço de compra de $100 e um preço de venda de $105, o spread seria de $5. 
  • Essa diferença representa a margem de lucro do intermediário financeiro, ou seja, o valor que a instituição financeira ganha ao vender a ação por um preço maior do que o que ela pagou para comprá-la.

O spread pode ser expresso em termos percentuais ou em valores absolutos. No exemplo acima, o spread em termos percentuais seria de 0,05% ($5 dividido por $100). Já em termos absolutos, o spread seria de $5.

Vale lembrar que o spread pode variar, conforme diversos fatores citados nos tópicos anteriores. Além disso, também é comum que as instituições financeiras cobrem além do spread uma taxa de corretagem ou comissão pela realização da transação. Essa taxa também pode variar conforme a instituição e o tipo de ativo financeiro.

Nesse artigo, vimos o que é spread bancário, sua importância no contexto financeiro, e como um melhor entendimento desse conceito pode auxiliar quem investe e quem negocia a tomar decisões mais informadas. 

Portanto, compreender e acompanhar o spread é essencial para qualquer pessoa envolvida no mercado financeiro, pois isso possibilita uma análise mais precisa e fundamentada, resultando em decisões mais acertadas e rentáveis.

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O conteúdo fornecido neste artigo, incluindo informações relacionadas a preços, taxas e outros encargos, é preciso e válido somente a partir da data de sua publicação. Além disso, mudanças em regulamentos, políticas e condições de mercado aplicáveis ou outros fatores relevantes podem impactar a precisão dos preços e taxas mencionados, além de outros detalhes associados. Em conformidade, esclarece-se ainda que as informações relacionadas a preços, taxas e outros encargos estão sujeitas a alterações, e é sua responsabilidade assegurar que esteja visualizando o conteúdo mais atual aplicável a você. A Payoneer fornecerá as informações mais atuais e precisas relacionadas a preços e taxas como parte do processo de registro de conta. Clientes registrados podem ver essas informações através de sua conta on-line.

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