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retorno sobre investimento

Como calcular o ROI: guia prático de análise de retorno sobre investimento

brunosebrunose
Outubro 30, 2023

No cenário dinâmico e desafiador das startups, no qual a inovação e a busca por crescimento rápido são essenciais, avaliar o Retorno sobre o Investimento (ROI) é fundamental para orientar a tomada de decisões estratégicas e os investimentos. 

Considerando que cada recurso é valioso e as margens de erro são reduzidas, entender o retorno gerado por cada investimento é essencial para a sobrevivência e o sucesso das startups e demais negócios.

Neste contexto, é importante avaliar o ROI a fim de obter insights que podem definir o curso de suas jornadas empreendedoras, além de permitir avaliar a eficácia e rentabilidade de um projeto, campanha ou ação em relação aos recursos investidos. Continue a leitura para saber mais!

O que é ROI?

ROI é a sigla para o termo em inglês “Return on Investment”, que em português significa Retorno Sobre o Investimento. Trata-se de uma métrica financeira utilizada para medir o retorno financeiro obtido a partir de um investimento, uma forma eficaz de avaliar se o investimento realizado foi lucrativo ou não. 

  • Um ROI positivo indica que o investimento foi rentável.
  • Já um ROI negativo, indica que o investimento não foi lucrativo. 

Com base nessas informações, as empresas podem tomar decisões mais informadas sobre onde alocar seus recursos e quais investimentos são mais vantajosos.

Como calcular o ROI

Como calcular o ROI

O cálculo do ROI é feito dividindo-se o ganho obtido com o investimento pelo custo do investimento, multiplicando o resultado por 100 para obter o valor em porcentagem. A fórmula é a seguinte:

ROI = (Ganho — Custo do Investimento) / Custo do Investimento * 100

  • O ganho pode ser o lucro obtido com a venda de um produto ou serviço, o aumento na receita gerado por uma campanha de marketing, entre outros. 
  • Já o custo do investimento inclui todos os gastos relacionados a ele, tais como aquisição de equipamentos, contratação de pessoal, custos operacionais, entre outros.

A importância de medir o ROI

Medir o ROI é fundamental para as empresas, pois permite avaliar a eficácia e eficiência de suas estratégias e investimentos. Essa métrica calcula o retorno financeiro obtido a partir dos recursos investidos, possibilitando a identificação de quais ações estão trazendo resultados positivos e quais devem ser ajustadas ou descartadas.

Ao medir o ROI, as empresas podem tomar decisões estratégicas embasadas em dados concretos, contribuindo para a otimização dos recursos e direcionando-os para as áreas mais promissoras e rentáveis. 

Mensurar o ROI permite identificar oportunidades de melhoria e inovação, auxiliando na definição de metas e objetivos mais realistas e alcançáveis. Ela também é importante para orientar a tomada de decisões em relação a novos projetos ou investimentos, a fim de indicar se vale a pena prosseguir com determinada iniciativa ou se é mais vantajoso direcionar os recursos para outras oportunidades.

Benefícios de medir o ROI

Medir o ROI é fundamental para qualquer empresa que busca obter sucesso em suas estratégias de marketing. Existem diversos benefícios em realizar essa análise, sendo os principais:

  1. Identificar o desempenho de campanhas de marketing: o ROI permite avaliar quais campanhas estão trazendo resultados efetivos para a empresa. Com essa informação, é possível identificar quais estratégias devem ser mantidas e quais precisam ser ajustadas ou abandonadas.
  2. Otimizar investimentos: ao medir o ROI, a empresa consegue identificar quais canais de marketing estão trazendo o melhor retorno financeiro. Dessa forma, é possível direcionar os investimentos para as estratégias mais eficazes, maximizando os resultados e reduzindo desperdícios de recursos.
  3. Tomar decisões embasadas em dados: medir o ROI fornece dados concretos sobre o desempenho das estratégias de marketing. Com base nessas informações, a empresa pode tomar decisões mais embasadas, evitando decisões baseadas apenas em intuição ou suposições.
  4. Avaliar a eficiência dos recursos: o ROI permite avaliar se os recursos investidos em marketing estão sendo utilizados de forma eficiente. Com essa análise, é possível identificar oportunidades de otimização e redução de custos.

Como avaliar o ROI?

  • O primeiro passo é definir claramente os objetivos do investimento. Isso envolve estabelecer metas específicas e mensuráveis, como aumentar as vendas em 10% ou reduzir os custos em 5%. Esses objetivos devem ser realistas e alinhados com a estratégia da empresa.
  • Em seguida, é importante identificar as métricas relevantes para monitorar e avaliar o desempenho do investimento. Isso pode incluir métricas financeiras, como o aumento da receita ou a redução de custos, bem como métricas não financeiras, como o aumento da satisfação do cliente ou a melhoria da qualidade do produto.
  • O terceiro passo é acompanhar regularmente essas métricas e comparar os resultados com os objetivos estabelecidos. Isso permite identificar desvios e tomar medidas corretivas, se necessário. É importante utilizar ferramentas de análise de dados para facilitar esse processo e obter insights relevantes.
  • Por fim, é essencial realizar análises comparativas para avaliar o ROI em relação a outros investimentos ou períodos anteriores. Isso permite identificar tendências e tomar decisões informadas sobre a alocação de recursos.

Leia também: Dicas Payoneer para otimizar o seu negócio

Métricas relacionadas ao ROI

Além do ROI, existem outras métricas importantes para complementar a análise do retorno sobre investimento, por fornecerem uma visão mais detalhada sobre a eficiência dos investimentos em diferentes áreas, como aquisição de clientes e publicidade. 

Ao analisar essas métricas em conjunto, as empresas podem identificar oportunidades de melhoria e direcionar seus recursos de forma mais estratégica, maximizando o retorno sobre o investimento. Confira a seguir, quais são essas métricas aliadas ao ROI:

CAC (Customer Acquisition Cost)

O CAC é utilizado para medir o custo médio para adquirir um novo cliente. Ele é calculado dividindo os custos de aquisição de clientes (como marketing e vendas) pelo número de clientes adquiridos em um determinado período. Essa métrica é fundamental para entender a eficiência das estratégias de aquisição de clientes e auxiliar na tomada de decisões sobre investimentos em marketing e vendas.

LTV (Lifetime Value)

O LTV é a métrica que mede o valor líquido que um cliente trará para a empresa durante todo o seu ciclo de vida. É calculado multiplicando o valor médio de compra pelo número de compras por ano e pela duração média do relacionamento com o cliente. O LTV é essencial para avaliar o retorno do investimento em aquisição de clientes, permitindo que as empresas identifiquem quais clientes são mais valiosos e direcionem seus esforços de marketing e vendas para eles.

ROAS (Return on Advertising Spend)

O ROAS é uma métrica específica para avaliar o retorno sobre o investimento em publicidade. Ele mede a eficiência das campanhas de marketing digital, calculando a receita gerada pela publicidade dividida pelo custo da campanha. O ROAS permite que as empresas identifiquem quais campanhas estão gerando mais retorno e ajustem seus investimentos de acordo.

Ferramentas para medir o ROI

Existem diversas ferramentas populares que podem auxiliar na medição do ROI de uma empresa. Confira abaixo, algumas das mais utilizadas:

Google Analytics

É uma plataforma de análise de dados que permite rastrear e medir o desempenho do seu site e campanhas de marketing. Com o Google Analytics, é possível obter informações detalhadas sobre o tráfego do seu site, como origem dos visitantes, tempo gasto nas páginas, taxas de conversão e muito mais. 

Isso permite que você identifique quais estratégias e canais de marketing estão gerando melhores resultados e, consequentemente, um maior retorno sobre o investimento.

Leia também: Guia Google AdSense: Maximize seus Lucros com Dicas Práticas

CRM (Customer Relationship Management)

Outra ferramenta importante para mensurar o ROI é o CRM, que permite gerenciar e analisar as interações com os clientes. Com um CRM, é possível acompanhar o histórico de compras, preferências e comportamento dos clientes, o que ajuda a identificar quais campanhas e ações estão gerando mais vendas e receita.

Plataformas de automação de marketing

Plataformas como o HubSpot e o Mailchimp, também são úteis para medir o ROI. Essas ferramentas permitem criar e gerenciar campanhas de marketing automatizadas, como e-mails e posts em redes sociais, e fornecem métricas detalhadas sobre o desempenho dessas campanhas, como taxas de abertura, cliques e conversões. 

Isso permite que você identifique quais campanhas estão gerando mais retorno sobre o investimento e ajuste suas estratégias de acordo. 

Desafios na medição do ROI

Medir o retorno sobre o investimento é um desafio enfrentado por muitas empresas. Quando se trata de implementar essa métrica em cenários complexos, como o das startups e empresas em crescimento acelerado, por exemplo, surgem desafios significativos que podem dificultar essa análise. Confira a seguir, alguns dos principais desafios enfrentados.

Dificuldade de atribuir conversões a um canal específico

Com o aumento do uso de múltiplos canais de marketing, como mídias sociais, e-mail marketing e anúncios online, fica cada vez mais difícil determinar qual canal foi responsável por uma conversão específica. Isso ocorre porque os clientes podem ser expostos a diversas mensagens de marketing antes de tomar uma decisão de compra.

Falta de integração entre sistemas

Muitas empresas possuem diferentes sistemas para gerenciar suas atividades de marketing, vendas e atendimento ao cliente. Esses sistemas podem não estar conectados, dificultando a obtenção de dados precisos e atualizados para medir o ROI de forma eficaz.

Complexidade de mensurar resultados em diferentes canais

Cada canal de marketing possui métricas e indicadores diferentes, o que torna difícil comparar e avaliar o desempenho de cada canal de forma consistente. Além disso, a mensuração de resultados em canais offline, como eventos e mídia tradicional, pode ser ainda mais desafiadora.

Para superar esses desafios, as empresas precisam investir em ferramentas de análise de dados e atribuição de conversões, além de integrar seus sistemas para obter dados mais precisos. Também é importante definir métricas claras e consistentes para medir o ROI em diferentes canais, permitindo uma comparação mais precisa e uma tomada de decisão informada.

ROI em diferentes estratégias de marketing

ROI em diferentes estratégias

O ROI pode ser aplicado em diferentes estratégias de marketing, que possuem suas peculiaridades individuais em relação aos resultados e ao tempo necessário para alcançá-los. Entenda melhor como essa métrica funciona em diferentes cenários.

SEO (Search Engine Optimization)

No caso do SEO, ou Otimização para Mecanismos de Busca, o ROI pode ser calculado ao analisar o tráfego orgânico gerado pelo site e as conversões resultantes desse tráfego. A peculiaridade do SEO é que os resultados podem levar tempo para serem alcançados, mas uma vez estabelecidos, podem gerar um ROI contínuo e de longo prazo.

Mídia paga

No caso da mídia paga, como anúncios online, por exemplo, o ROI pode ser calculado ao comparar os custos dos anúncios com as vendas ou conversões geradas por eles. A peculiaridade da mídia paga é que os resultados podem ser imediatos, mas é necessário monitorar e ajustar constantemente as campanhas para otimizar o ROI.

Redes sociais

Nas redes sociais, o ROI pode ser calculado ao analisar o engajamento das pessoas seguidoras, o alcance das postagens e as conversões geradas a partir dessas interações. A peculiaridade das redes sociais é que elas permitem um alto nível de segmentação do público-alvo e a possibilidade de interação direta com os consumidores e consumidoras.

E-mail Marketing

No e-mail marketing, o ROI pode ser calculado ao analisar a taxa de abertura, cliques e conversões geradas a partir dos e-mails enviados. A peculiaridade do e-mail marketing é que ele permite um alto grau de personalização e segmentação, o que pode aumentar significativamente a eficácia das campanhas.

Casos de sucesso na medição do ROI

A seguir, veremos o exemplo de duas empresas que utilizaram a análise do ROI para identificar quais estratégias de marketing estavam gerando os melhores resultados, e adaptar suas estratégias para maximizar o retorno sobre o investimento. 

Confira como isso contribuiu para o crescimento e a lucratividade dos negócios e forneceu insights valiosos para futuras campanhas de marketing dessas empresas.

Coca-cola

Um exemplo de empresa que obteve sucesso ao medir o ROI de suas campanhas é a Coca-Cola. A empresa realizou uma campanha chamada “Share a Coke”, na qual personalizou suas embalagens com nomes populares. 

Através da análise do ROI, a Coca-Cola pôde identificar quais foram os canais de marketing mais eficazes, como as redes sociais e anúncios online, e direcionar seus investimentos de forma mais estratégica. Isso contribuiu para um aumento significativo nas vendas e na lucratividade da empresa.

Amazon

A empresa utiliza a análise de ROI para medir o desempenho de suas campanhas de publicidade online. Ao acompanhar o ROI de cada campanha, a Amazon consegue identificar quais estratégias estão gerando mais retorno financeiro e otimizar seus investimentos. 

Isso resulta em um aumento nas vendas e no lucro da empresa, além de permitir que a Amazon tome decisões mais embasadas em relação à alocação de recursos em suas campanhas de marketing.

Leia também: Como adicionar uma Loja Amazon ao Gerenciador de Lojas

Medir o ROI é fundamental para avaliar a eficácia e o retorno financeiro de uma estratégia ou investimento. Ele pode ser utilizado em diferentes áreas, como marketing, vendas e recursos humanos, para tomar decisões embasadas e maximizar os resultados. 

Contudo, para calcular o ROI de forma precisa, é fundamental estabelecer metas claras e definir indicadores de desempenho adequados. Por fim, também é importante acompanhar os resultados ao longo do tempo e fazer ajustes sempre que necessário, além de considerar também outras métricas para uma avaliação mais completa. 

Uma excelente forma de melhorar o retorno sobre os investimentos, é otimizar os processos internos, para demandarem o mínimo de esforço possível. Neste cenário, contar com uma aliada como a Payoneer pode ser um diferencial.

A plataforma da Payoneer vai muito além dos pagamentos, oferecendo um conjunto de serviços para acelerar o crescimento global de marketplaces e companhias de grande porte. Ela possibilita gerenciar pagamentos globais em qualquer lugar e a qualquer momento. Conheça nossa solução!

O conteúdo fornecido neste artigo, incluindo informações relacionadas a preços, taxas e outros encargos, é preciso e válido somente a partir da data de sua publicação. Além disso, mudanças em regulamentos, políticas e condições de mercado aplicáveis ou outros fatores relevantes podem impactar a precisão dos preços e taxas mencionados, além de outros detalhes associados. Em conformidade, esclarece-se ainda que as informações relacionadas a preços, taxas e outros encargos estão sujeitas a alterações, e é sua responsabilidade assegurar que esteja visualizando o conteúdo mais atual aplicável a você. A Payoneer fornecerá as informações mais atuais e precisas relacionadas a preços e taxas como parte do processo de registro de conta. Clientes registrados podem ver essas informações através de sua conta on-line.
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fusão e aquisição de empresas

Entendendo o M&A: Guia Completo de Fusão e Aquisição de Empresas

brunosebrunose
Setembro 22, 2023

 

Atualmente, é cada vez mais comum vermos grandes empresas se unirem a outras, seja através da fusão ou aquisição estratégica. Em um cenário onde as estratégias de crescimento, inovação e competitividade são constantemente redefinidas, as M&A emergem como um poderoso catalisador de transformação e oportunidade.

Neste artigo, você saberá o que são as fusões e aquisições empresariais, além de compreender as diversas razões estratégicas que impulsionam essas transações. Compreender as M&A transcende as fronteiras empresariais, promovendo um maior entendimento do cenário corporativo global. Continue a leitura para saber mais!

O que é M&A?

M&A é a sigla que representa o termo “Mergers and Acquisitions”, em inglês. Em português, ela significa “Fusões e Aquisições”, atividades empresariais que envolvem a compra, venda, fusão ou consolidação de empresas. 

O processo de aquisição e fusão de empresas, engloba as transações nas quais as organizações compram, combinam-se ou adquirem outras empresas como parte de sua estratégia de crescimento, reestruturação ou busca por vantagens competitivas. 

Como vimos, a fusão e aquisição de empresas pode ser motivada por diversas razões, que incluem:

  • Crescimento, a fim de aumentar a participação de mercado ou entrar em novos mercados geográficos;
  • Sinergias ao combinar recursos, operações e expertise, em busca de mais eficiência, redução de custos e aumento da produtividade;
  • Diversificação do portfólio de negócios;
  • Acesso à Tecnologia ou Mercados;
  • Economia de Escala, reduzindo custos por meio de maiores volumes de produção ou distribuição;
  • Melhoria da Capacidade Competitiva;
  • Aproveitamento de Recursos, possibilitando acesso a recursos humanos qualificados, ativos valiosos, propriedade intelectual e outros ativos.

Aspectos Regulatórios e Legais de M&A

Os aspectos regulatórios e legais desempenham um papel crítico em transações de fusões e aquisições (M&A), pois a conformidade com leis e regulamentos é essencial para garantir uma transação bem-sucedida e minimizar riscos legais. A seguir, estão alguns dos principais aspectos regulatórios e legais envolvidos em M&A:

Leis Antitruste e de Concorrência

As autoridades antitruste e de concorrência regulam fusões e aquisições para prevenir práticas anticompetitivas e manter a concorrência no mercado. Dependendo do tamanho das empresas envolvidas e da participação de mercado, pode ser necessário obter aprovações antitruste para prosseguir com a transação.

Aprovações Regulatórias

Algumas transações de M&A podem exigir aprovações regulatórias específicas, dependendo do setor e das jurisdições envolvidas. Isso pode incluir aprovações de órgãos reguladores, autoridades de investimento estrangeiro e agências governamentais relevantes.

Regulamentações Setoriais

Setores específicos, como telecomunicações, energia, serviços financeiros e saúde, podem estar sujeitos a regulamentações setoriais adicionais que afetam as transações de M&A. É crucial entender e cumprir essas regulamentações.

Divulgações e Transparência

As leis de valores mobiliários e regulamentos de divulgação exigem que as empresas forneçam informações precisas e transparentes sobre a transação, seus impactos financeiros e estratégicos, e quaisquer riscos relevantes a quem estiver investindo e ao público em geral.

Contratos e Documentação Legal

A negociação e redação de acordos, como contratos de compra e venda, acordos de fusão, acordos de confidencialidade e outros documentos, são elementos críticos da transação. Esses documentos definem os termos da transação e protegem os interesses das partes envolvidas.

Due Diligence Legal

A due diligence legal é um processo detalhado de análise legal da empresa alvo, para identificar potenciais problemas, pendências judiciais, litígios, passivos ocultos e outros riscos legais.

Questões Trabalhistas

As transações de M&A podem ter implicações para os colaboradores e colaboradoras das empresas envolvidas. É importante considerar questões como contratos de trabalho, benefícios, aquisição de talentos e possíveis reestruturações.

Questões Fiscais

A estrutura da transação e a forma como os ativos são transferidos podem ter impactos fiscais significativos. Planejamento fiscal adequado é fundamental para otimizar as implicações fiscais da transação.

Proteção de Propriedade Intelectual

Garantir que a propriedade intelectual, como patentes, marcas registradas e direitos autorais, esteja devidamente transferida e protegida é essencial para evitar litígios futuros.

Questões de Governação Corporativa

As regras de governança corporativa podem afetar a estrutura da transação, os direitos dos acionistas e a composição do conselho de administração da empresa resultante.

A complexidade dos aspectos regulatórios e legais em M&A exige a colaboração de profissionais da advocacia especialistas em fusões e aquisições, bem como especialistas em regulamentações específicas. 

O não cumprimento das leis e regulamentos pode resultar em implicações legais, multas, atrasos na transação ou até mesmo o cancelamento da operação. Portanto, a due diligence legal e a consultoria jurídica adequada são essenciais para minimizar esses riscos e garantir uma transação bem-sucedida.

O que é fusão empresarial?

Mergers and Acquisitions

Mergers and Acquisitions

Podemos entender a definição de fusão empresarial como o processo no qual duas ou mais empresas independentes decidem combinar suas operações, ativos e recursos para formar uma única entidade legal e econômica. 

Nesse processo, as empresas originalmente separadas deixam de existir como entidades individuais e se fundem para criar uma nova empresa consolidada. A fusão empresarial pode envolver a troca de ações, dinheiro ou uma combinação de ambos como forma de pagamento aos acionistas das empresas envolvidas.

O objetivo por trás de uma fusão empresarial pode ser diversificado e pode incluir a busca por sinergias operacionais, aumento da eficiência, expansão de mercado, acesso a novas tecnologias ou recursos, redução de custos, consolidação de poder no mercado, entre outros. As fusões empresariais podem ocorrer em diferentes setores e indústrias, variando de pequenas empresas locais a corporações multinacionais.

Exemplos de fusão empresarial

As fusões empresariais também são motivadas por diversas razões, assim como buscam diferentes resultados, que podem incluir a expansão de mercado, a combinação de recursos, o acesso a talentos ou sinergias operacionais. 

Cada fusão é moldada pelas estratégias e objetivos das empresas envolvidas, bem como pelas dinâmicas do mercado e da indústria. Confira a seguir, alguns exemplos notáveis de fusões empresariais que ocorreram em diferentes setores e indústrias:

  • Exxon e Mobil (1999): a Exxon Corporation e a Mobil Corporation, duas das maiores empresas de petróleo e gás do mundo na época, se fundiram para criar a Exxon Mobil Corporation. Essa fusão criou uma das maiores e mais poderosas empresas do setor de energia.
  • Daimler-Benz e Chrysler (1998): a empresa alemã Daimler-Benz (fabricante da Mercedes-Benz) se fundiu com a Chrysler Corporation dos EUA para criar a DaimlerChrysler. A fusão buscava sinergias na fabricação de automóveis e na expansão global.
  • AT&T e Time Warner (2018): a AT&T, empresa de telecomunicações, adquiriu a Time Warner, uma grande empresa de mídia e entretenimento, em uma fusão avaliada em cerca de US$ 85 bilhões. Isso visava combinar conteúdo e distribuição em uma era de mudanças na indústria de mídia.
  • Kraft e Heinz (2015): a Kraft Foods Group e a H.J. Heinz Company se fundiram para formar a Kraft Heinz Company. Essa fusão reuniu duas empresas de alimentos populares e procurava eficiências operacionais e crescimento global.
  • United Airlines e Continental Airlines (2010): duas das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos se fundiram para criar a United Continental Holdings, Inc. A fusão permitiu sinergias operacionais, otimização de rotas e a formação de uma das maiores empresas de aviação do mundo.
  • Anheuser-Busch e InBev (2008): a Anheuser-Busch, famosa fabricante de cerveja nos EUA, foi adquirida pela belga InBev, criando a Anheuser-Busch InBev, uma das maiores cervejarias do mundo. A fusão permitiu uma expansão global e maior eficiência na produção.
  • Vodafone e Mannesmann (2000): a gigante britânica de telecomunicações Vodafone adquiriu a empresa alemã Mannesmann em uma das maiores aquisições da história. Isso permitiu à Vodafone expandir sua presença global e se tornar uma das principais operadoras de telecomunicações do mundo.
  • Disney e Pixar (2006): a Walt Disney Company adquiriu a Pixar Animation Studios, produtora de filmes de animação, em uma fusão avaliada em cerca de US$ 7,4 bilhões. Isso permitiu à Disney fortalecer seu portfólio de filmes de animação e expandir sua capacidade criativa.

O que é aquisição empresarial?

Uma aquisição empresarial, também conhecida como aquisição ou compra de empresa, ocorre quando uma empresa (a adquirente) adquire ações, ativos ou a totalidade de outra empresa (a adquirida), obtendo assim o controle sobre suas operações, recursos e atividades. Esse processo resulta em uma mudança significativa no controle e propriedade da empresa alvo.

As aquisições podem ocorrer por diversas razões, podendo ser uma forma eficaz de expandir a presença no mercado, entrar em novos mercados geográficos ou diversificar o portfólio de produtos/serviços. Além da vantagem competitiva que isso traz, as organizações também buscam novas tecnologias, novos clientes, consolidação no mercado, entre outros objetivos estratégicos.

Assim como nas fusões, o sucesso de uma aquisição empresarial depende da capacidade de gerenciar efetivamente a transição, superar desafios de integração e realizar os benefícios estratégicos e operacionais esperados.

Processo de aquisição de empresas

O processo de aquisição de empresas é uma jornada estratégica complexa, que ultrapassa fronteiras e setores, impulsionando organizações a alcançarem crescimento, inovação e vantagem competitiva em um mercado em constante evolução. 

No mundo empresarial dinâmico de hoje, as aquisições representam mais do que apenas uma transação financeira — são uma oportunidade de transformação e reinvenção.

A aquisição empresarial, além de moldar o futuro das organizações envolvidas, têm o poder de transformar ecossistemas empresariais inteiros, redefinindo relações de mercado e alavancando o potencial de crescimento. 

Por isso, um processo de aquisição envolve diversas etapas importantes, para garantir a tomada de decisões estratégicas e assertivas. Confira essas etapas no tópico a seguir.

Etapas do processo de aquisição de empresas

  • Identificação de Alvos Potenciais: a empresa adquirente identifica possíveis alvos de aquisição que se alinham com sua estratégia e objetivos.
  • Negociação: as partes negociam os termos e condições da aquisição, incluindo preço, forma de pagamento, transferência de ativos, entre outros.
  • Due Diligence: a empresa adquirente realiza uma análise detalhada da empresa alvo para avaliar sua saúde financeira, operacional e legal.
  • Aprovações Regulatórias: dependendo das leis e regulamentos aplicáveis, a aquisição pode exigir aprovações de órgãos regulatórios ou antitruste.
  • Integração pós-Aquisição: após a conclusão da aquisição, ocorre a integração das operações, sistemas, culturas e equipes das empresas envolvidas.

Tipos de aquisição de empresas

Cada tipo de aquisição tem implicações estratégicas e operacionais distintas, e a escolha depende dos objetivos e estratégias da empresa adquirente. A seguir, você confere alguns dos principais tipos de aquisições.

Aquisição de Controle Acionário

Nesse tipo de aquisição, uma empresa adquire uma participação majoritária nas ações da empresa alvo, geralmente adquirindo mais de 50% das ações. Isso proporciona à empresa adquirente o controle sobre as operações e as decisões da empresa alvo.

Aquisição de Ativos

Nessa modalidade, a empresa adquirente compra ativos específicos da empresa alvo, como propriedade intelectual, equipamentos, inventário e outros recursos. Isso permite à empresa adquirente selecionar os ativos mais valiosos e relevantes para seus objetivos estratégicos.

Aquisição Horizontal

Nesse tipo de aquisição, empresas concorrentes no mesmo setor ou mercado se fundem ou uma adquire a outra. O objetivo é muitas vezes aumentar a participação de mercado, reduzir a concorrência e aproveitar sinergias operacionais.

Aquisição Vertical

Envolve a aquisição de uma empresa que está em um estágio anterior ou posterior da cadeia de suprimentos da empresa adquirente. Isso pode melhorar a eficiência da cadeia de suprimentos, garantir o fornecimento de matérias-primas ou criar oportunidades para venda direta.

Aquisição Conglomerada

Nesse caso, empresas de setores diferentes se unem. O objetivo é diversificar o portfólio da empresa adquirente e explorar oportunidades em novos mercados.

Aquisição de Participação Minoritária

Isso ocorre quando a empresa adquirente compra uma parcela minoritária das ações da empresa alvo. Embora não conceda controle total, a empresa adquirente pode obter influência estratégica.

Aquisição Amigável vs. Hostil

A aquisição pode ser amigável, quando as partes concordam com os termos e cooperam, ou hostil, quando a empresa adquirente faz uma oferta pública para adquirir a empresa alvo contra a vontade da administração.

Aquisição Estratégica

Nesse tipo de aquisição, a empresa adquirente tem um plano específico para integrar os recursos e capacidades da empresa alvo em sua operação, visando alcançar sinergias e melhorias competitivas.

Aquisição Financeira

Nesse caso, a aquisição é feita principalmente com fins de investimento financeiro, visando obter retornos sobre o investimento a partir do crescimento e valorização da empresa alvo.

Aquisição de Tecnologia

Aquisição de empresas inovadoras ou com tecnologias disruptivas para ganhar vantagens competitivas e acesso a novas soluções.

Aquisição de empresas — Exemplos

Como vimos, a aquisição de empresas pode ser motivada por diversas razões, moldadas pelas circunstâncias únicas das empresas envolvidas e pelas oportunidades percebidas no mercado.

Os exemplos que você confere a seguir, ilustram a diversidade de objetivos e estratégias por trás das aquisições de empresas, incluindo expansão de mercado, entrada em novos setores, fortalecimento de capacidades e obtenção de vantagens competitivas. Veja alguns exemplos conhecidos de grandes empresas M&A:

  • Facebook adquirindo o Instagram (2012): o Facebook adquiriu o Instagram por cerca de US$ 1 bilhão. Essa aquisição se enquadra em uma estratégia de expansão para o setor de redes sociais e mídia digital, permitindo ao Facebook alavancar o crescente interesse em compartilhamento de fotos e mídia visual.
  • Microsoft adquirindo o LinkedIn (2016): a Microsoft comprou o LinkedIn por aproximadamente US$ 26 bilhões. Essa aquisição demonstra a busca por sinergias entre o software de produtividade da Microsoft e as conexões profissionais e informações do LinkedIn.
  • Amazon adquirindo a Whole Foods Market (2017): a Amazon adquiriu a Whole Foods Market, uma rede de supermercados focada em alimentos naturais e orgânicos, por cerca de US$ 13,7 bilhões. Essa aquisição permitiu à Amazon entrar no setor de supermercados físicos e fortalecer sua presença no comércio alimentício.
  • Verizon adquirindo a AOL (2015) e o Yahoo (2017): a Verizon adquiriu primeiro a AOL e, posteriormente, o Yahoo, por um total de cerca de US$ 9 bilhões. Essas aquisições visaram fortalecer a posição da Verizon no mercado de mídia digital e publicidade online.
  • Disney adquirindo a 21st Century Fox (2019): a The Walt Disney Company comprou parte dos ativos da 21st Century Fox, incluindo os estúdios de cinema e televisão, por cerca de US$ 71 bilhões. Essa aquisição expandiu o portfólio de conteúdo e propriedades da Disney.
  • Google adquirindo a Nest Labs (2014): a Google adquiriu a Nest Labs, uma empresa de automação residencial e termostatos inteligentes, por cerca de US$ 3,2 bilhões. Essa aquisição permitiu ao Google entrar no mercado de Internet das Coisas (IoT) e dispositivos domésticos conectados.

Desafios e Riscos em Fusões e Aquisições de empresas

As fusões e aquisições de empresas podem oferecer várias oportunidades estratégicas, mas também apresentam desafios e riscos significativos que precisam ser cuidadosamente considerados e gerenciados. Alguns dos principais desafios e riscos incluem:

  • Cultura Organizacional: a integração de empresas muitas vezes envolve a união de diferentes culturas organizacionais, valores e práticas. A falta de compatibilidade cultural pode levar a conflitos entre as pessoas que trabalham nas empresas, além de dificuldades na colaboração.
  • Gestão de pessoas: a incerteza em relação a cargos, responsabilidades e estrutura hierárquica pode causar ansiedade entre os colaboradores e colaboradoras, resultando em queda na moral, perda de talentos-chave e resistência à mudança.
  • Integração de equipes: unir equipes de diferentes empresas pode ser desafiador. Diferenças na gestão, processos de trabalho e comunicação podem impactar a produtividade.
  • Falha na integração: uma integração mal executada pode levar a interrupções operacionais, erros administrativos e perda dos acordos planejados, comprometendo os benefícios esperados da fusão ou aquisição.
  • Custos financeiros: as fusões e aquisições envolvem custos significativos, incluindo taxas legais, consultorias, despesas de integração e possíveis reestruturações. Os resultados financeiros podem não ser alcançados conforme planejado.
  • Risco regulatório: aprovações regulatórias podem ser demoradas e complexas, especialmente em fusões e aquisições que envolvem empresas de diferentes países ou setores altamente regulamentados.
  • Perda de clientes e fornecedores: mudanças na estrutura da empresa ou nas relações comerciais, podem levar à perda de clientes ou fornecedores insatisfeitos, impactando a receita.
  • Gestão de expectativas: as expectativas das pessoas acionistas, colaboradoras e outras partes interessadas precisam ser gerenciadas de maneira eficaz para evitar decepções ou resistência.
  • Dificuldades de Comunicação: comunicar claramente as mudanças, objetivos e planos durante o processo de fusão ou aquisição é fundamental para minimizar a incerteza e manter a confiança das partes envolvidas.
  • Retorno sobre Investimento (ROI) insatisfatório: as expectativas de ROI podem não ser cumpridas devido a fatores imprevistos, como mudanças no mercado, desempenho econômico ou dificuldades de integração.

Gerenciar e minimizar esses desafios e riscos requer uma abordagem cuidadosa, um planejamento detalhado e a execução eficaz do processo de fusão ou aquisição. A compreensão e a antecipação desses fatores são essenciais para alcançar os benefícios planejados e evitar armadilhas potenciais.

Em um cenário de fusões e aquisições de empresas, fica claro que o futuro deve ser pensado em escala global. Independentemente do tamanho e porte empresarial, é fundamental ter em vista a expansão dos horizontes.

Pensando nisso, é importante avaliar os processos de pagamentos e recebimentos, incluindo a possibilidade de precisar realizar operações internacionais. Por isso, contar com uma plataforma como a Payoneer, é essencial para garantir pagamentos internacionais seguros, rápidos e econômicos, em mais mercados e mais moedas.

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Agosto 21, 2023

As holdings desempenham um papel fundamental na gestão empresarial, proporcionando diversificação, integração, proteção patrimonial e vantagens financeiras para as empresas do grupo. É fundamental compreender seu papel no mundo dos negócios, bem como os diferentes tipos de holdings, suas estruturas e como elas gerenciam uma ampla gama de empresas e ativos. 

Para entender melhor o que é uma empresa holding, conhecer os benefícios e os desafios que esse tipo de empresa enfrenta, entender como funciona uma holding, como elas operam e qual seu impacto nos mercados globais, continue a leitura do artigo.

O que é Holding

Uma holding é uma empresa que possui ações de outras empresas, geralmente controlando sua gestão e estratégia. Ela tem como objetivo principal administrar e controlar outras empresas, atuando como uma espécie de “empresa-mãe”. 

A importância de uma holding na gestão empresarial está relacionada a diversos fatores. Primeiramente, ela permite a diversificação de investimentos, uma vez que pode ter participação em diferentes setores e empresas. Isso reduz os riscos e aumenta as oportunidades de lucro.

Ela também pode facilitar a gestão de empresas do mesmo grupo, promovendo a integração e a sinergia entre elas, além de coordenar estratégias e compartilhar recursos, otimizando a operação de todas as empresas envolvidas. Outro aspecto importante é a proteção patrimonial. A holding pode separar o patrimônio pessoal das partes societárias do patrimônio da organização, evitando que eventuais problemas em uma empresa afetem as demais.

Por fim, a holding pode ter vantagens tributárias e financeiras, como a possibilidade de utilizar prejuízos fiscais de uma empresa para compensar lucros de outras empresas do grupo.

Tipos de holdings

Agora que vimos o que é uma empresa holding, é importante ressaltar que existem diferentes tipos de holdings, cada uma com características específicas. Confira a seguir, quais são os principais tipos:

Holding pura

É uma empresa que tem como único objetivo controlar e administrar as participações em outras empresas. Ela não possui atividade operacional própria, ou seja, não produz bens ou serviços. 

Sua principal função é gerenciar os negócios das empresas em que possui ações, garantindo uma gestão estratégica e financeira eficiente. As holdings puras são mais focadas em gestão e podem trazer benefícios como a concentração de poder e a simplificação da estrutura de controle.

Holding mista

É uma empresa que além de controlar e administrar participações em outras empresas, também possui atividade operacional própria. Ela pode ser uma empresa que atua em diferentes setores de negócios, tendo participações em empresas de diferentes segmentos. 

Essa diversificação de negócios pode trazer vantagens como redução de riscos e aumento da rentabilidade. As holdings mistas podem diversificar os negócios e aumentar a rentabilidade, mas também podem enfrentar desafios na gestão de diferentes setores. 

Holding familiar

Também conhecida como Holding Patrimonial, é uma empresa que possui ações de outras empresas, mas seu controle e gestão são realizados por membros de uma mesma família. 

Essa estrutura é comum em empresas familiares, onde a holding é criada para reunir e controlar os negócios da família, garantindo a continuidade e preservação do patrimônio familiar ao longo das gerações. 

A respeito de como funciona uma holding familiar, vale salientar que apesar de preservar o patrimônio da família, as holdings familiares podem enfrentar desafios relacionados à sucessão e à governança corporativa.

Vantagens da criação de uma holding

A criação de uma holding traz diversas vantagens para as pessoas empresárias e investidoras, principalmente no que diz respeito à proteção patrimonial, planejamento sucessório e redução de custos. Confira a seguir alguns dos principais benefícios em detalhes:

  • Proteção patrimonial: essa é uma das principais vantagens de se criar uma holding. Isso porque ao transferir os bens e ativos para uma empresa holding, é possível proteger seu patrimônio pessoal de eventuais problemas financeiros ou jurídicos da empresa operacional. Isso significa que, em caso de falência ou demandas judiciais, os bens pessoais do empresário não estarão em risco, pois estarão separados dos ativos da empresa.
  • Planejamento sucessório: outra vantagem importante da criação de uma holding é planejar a sucessão de seus bens e negócios de forma mais eficiente, garantindo a continuidade da empresa familiar. Através da distribuição das ações da holding entre as pessoas herdeiras, é possível evitar conflitos familiares e garantir que a gestão da empresa seja feita de forma harmoniosa e profissional.
  • Redução de custos: a holding pode centralizar a gestão financeira e administrativa de várias empresas do grupo, resultando em economia de escala. Além disso, ela também pode se beneficiar de regimes fiscais mais favoráveis, como a possibilidade de consolidar os resultados financeiros de todas as empresas do grupo, o que pode resultar em uma carga tributária menor.
  • Planejamento tributário: a holding possibilita aproveitar benefícios fiscais e evitar a incidência de impostos desnecessários. Além disso, ela pode ser estruturada para otimizar a tributação, considerando aspectos como a localização geográfica das empresas do grupo e a legislação tributária vigente.

É importante ressaltar que a criação de uma holding deve ser feita com o auxílio de profissionais especialistas em áreas como direito ou contabilidade, para garantir que a estrutura seja adequada e legalmente válida.

Estrutura da holding

Tendo em mente o que é holding empresarial, cabe ressaltar que sua estrutura pode variar segundo as necessidades e objetivos do grupo. Confira a seguir, um panorama da estrutura de uma holding.

  • Holding controladora: em geral, é uma empresa de porte maior, com maior capacidade financeira e recursos para investir em outras empresas. Ela pode ser uma sociedade anônima (S.A.) ou uma sociedade limitada (Ltda.), dependendo do tipo de sociedade adotada pelos acionistas.
  • Holdings subsidiárias: são as empresas dirigidas pela holding controladora ou por meio de outras subsidiárias intermediárias. Elas podem ser de um mesmo setor ou de setores diferentes, mas com atuações complementares.
  • Participações societárias: são as ações ou cotas que a holding controladora possui nas subsidiárias. Essas participações podem ser majoritárias, quando a holding controladora possui mais de 50% das ações ou cotas da subsidiária, ou minoritárias, quando possui menos de 50% das ações ou cotas.

A estrutura da holding permite que a empresa controladora exerça o controle sobre as subsidiárias, podendo realizar a gestão estratégica do grupo empresarial em sua totalidade. Além disso, a holding também pode se beneficiar de sinergias entre as subsidiárias, como compartilhamento de recursos, conhecimentos e experiências.

A criação de uma holding pode trazer diversos benefícios para o grupo empresarial, como a redução de riscos, a otimização de recursos, a diversificação de investimentos e a proteção do patrimônio. No entanto, é importante ressaltar que a estrutura da holding deve ser bem planejada, considerando aspectos legais, tributários e financeiros, para garantir o sucesso e a sustentabilidade do grupo empresarial.

Governança corporativa na holding

A governança corporativa é fundamental para uma holding, pois é responsável por estabelecer as diretrizes e normas que orientam a gestão da empresa. Ela busca garantir a transparência, a ética e a responsabilidade na tomada de decisões, visando proteger os interesses dos acionistas e demais stakeholders.

Uma das principais contribuições da governança corporativa para uma gestão eficiente é a criação de mecanismos de controle e fiscalização. Isso inclui a definição de comitês de auditoria e a adoção de práticas de prestação de contas, que permitem acompanhar e monitorar o desempenho da holding. Dessa forma, a governança corporativa ajuda a evitar fraudes, desvios de recursos e outros problemas que possam comprometer a eficiência da gestão.

Além disso, a governança corporativa também estimula a profissionalização da gestão, por estabelecer critérios para a seleção de pessoas executivas competentes e comprometidas, assim como mecanismos de avaliação de desempenho. Isso contribui para a formação de uma equipe de gestão qualificada, capaz de tomar decisões estratégicas e promover o crescimento sustentável da holding.

Outro aspecto importante é a proteção dos direitos de quem é acionista minoritário (a). A governança corporativa visa garantir que todos os acionistas tenham seus direitos respeitados e possam participar das decisões da empresa. Isso fortalece a confiança de quem investe e atrai capital para a holding, possibilitando o financiamento de projetos e o crescimento da empresa.

Aspectos legais e tributários

A criação e gestão de uma holding envolve diversos aspectos legais e tributários que devem ser considerados por quem está empreendendo. Uma holding é uma empresa que tem como principal objetivo controlar outras empresas, geralmente através da aquisição de suas ações. 

Uma das principais vantagens de se criar uma holding é a possibilidade de planejamento tributário. A holding pode ser utilizada para centralizar a gestão e o controle das empresas do grupo, facilitando a administração e a obtenção de benefícios fiscais. Ela também pode optar pelo regime de tributação mais vantajoso, além de poder realizar a transferência de lucros entre as empresas do grupo de forma mais eficiente, reduzindo a carga tributária.

Outro benefício fiscal relacionado à criação de uma holding é a possibilidade de aproveitar a chamada “holding familiar”. Nesse caso, a holding é constituída por membros de uma mesma família, que podem se beneficiar de regras específicas de tributação, como a isenção de Imposto de Renda sobre os lucros distribuídos aos acionistas.

No entanto, é importante ressaltar que a criação de uma holding deve ser feita de forma adequada, seguindo todas as regras legais e tributárias. Caso contrário, a empresa pode ser alvo de autuações fiscais e sofrer penalidades. 

Como já mencionamos, é fundamental contar com o auxílio de uma assessoria especializada em direito empresarial e tributário na criação e gestão da holding para evitar quaisquer tipos de problemas fiscais.

Planejamento sucessório e patrimonial

Como vimos, uma das principais vantagens da holding é a proteção dos ativos. Ao transferir os bens para a empresa holding, eles passam a ser propriedade da pessoa jurídica, o que dificulta o acesso de terceiros a esses ativos. Dessa forma, a holding atua como uma barreira de proteção contra eventuais credores, evitando que eles tenham acesso direto aos bens dos herdeiros.

Além disso, a holding também permite uma melhor organização e gestão do patrimônio. Por meio da estrutura societária, é possível separar os bens e negócios em diferentes subsidiárias, facilitando a administração e a sucessão dos mesmos. Isso evita conflitos entre herdeiros e garante uma transição mais tranquila e eficiente do patrimônio.

No que se refere à transferência de herança, a holding também desempenha um papel importante. Ao transferir as ações da holding para as pessoas herdeiras, é possível evitar a divisão direta dos bens, o que muitas vezes pode gerar conflitos e disputas familiares. A holding permite que a sucessão seja feita de forma mais equitativa e planejada, respeitando as vontades da pessoa proprietária e evitando possíveis brigas entre as pessoas que herdarão a empresa.


Desvantagens da criação de uma holding

Ao longo do artigo, entendemos o que é holding patrimonial e observamos as inúmeras vantagens de sua criação, como a proteção dos ativos, a redução de impostos e a facilitação na sucessão empresarial. Contudo, considerando o que é holding familiar e seus outros tipos, é importante lembrar que também existem algumas desvantagens nessa estrutura, que devem ser consideradas.

Confira a seguir alguns dos principais desafios na criação de uma holding:

  • Complexidade na gestão: por dirigir outras empresas, a holding implica em uma administração mais complexa e exigente. É necessário ter um conhecimento aprofundado dos negócios controlados, além de uma equipe de gestão qualificada e experiente. Essa complexidade pode demandar tempo e recursos, representando um desafio para empresas menores ou com recursos limitados.
  • Custo da criação e manutenção de uma holding: uma holding requer uma estrutura de governança corporativa adequada, o que pode gerar despesas adicionais, além dos custos legais, contábeis, de consultoria e custos tributários mais elevados, uma vez que cada empresa controlada será tributada separadamente.
  • Conflitos de interesses entre as empresas dirigidas: cada empresa terá seus próprios objetivos e estratégias, o que pode dificultar a tomada de decisões em benefício do grupo. Esses conflitos podem afetar a eficiência e a sinergia entre as empresas controladas, prejudicando a performance do grupo como um todo.

Exemplos de holdings de sucesso

Existem atualmente, diversas holdings conhecidas e bem-sucedidas em diferentes setores da economia. A seguir, você confere alguns exemplos de holdings e suas estratégias e resultados alcançados.

  1. Berkshire Hathaway: a holding liderada por Warren Buffett é conhecida por investir em empresas de diversos setores, como seguros, energia, varejo e tecnologia. Sua estratégia consiste em adquirir empresas com bom desempenho e gestão eficiente, mantendo-as como subsidiárias independentes. A Berkshire Hathaway obteve um crescimento significativo ao longo dos anos, com um aumento de mais de 2.800.000% no valor das ações desde sua criação.
  2. Alphabet Inc.: a holding mãe do Google é uma das empresas mais valiosas do mundo. Sua estratégia é focada em inovação e desenvolvimento de tecnologias disruptivas. A Alphabet investe em diversos setores, como inteligência artificial, carros autônomos e saúde. Seus resultados incluem um crescimento constante de receita e lucro, além de uma forte presença global.
  3. JAB Holding Company: esta holding é especializada em investimentos no setor de alimentos e bebidas. Seu portfólio inclui marcas conhecidas como Krispy Kreme, Panera Bread e Keurig Dr Pepper. A estratégia da JAB é adquirir empresas com potencial de crescimento e melhorar sua eficiência operacional. A holding tem obtido sucesso, com um aumento significativo nas vendas e lucros de suas subsidiárias.

Esses são apenas alguns exemplos de holdings bem-sucedidas. Cada uma delas possui estratégias e resultados específicos, mas todas compartilham a capacidade de identificar oportunidades de investimento e gerenciar efetivamente suas subsidiárias para alcançar o sucesso financeiro.

Em síntese vimos o que é uma holding, uma organização que possui participação acionária em outras empresas, permitindo a centralização do controle e da administração das empresas do grupo. Assim como é importante saber gerenciar uma holding para administrar de maneira eficaz as empresas que a compõem, é importante que as organizações acompanhem as tendências financeiras que dominam o mercado. 

Para isso, é fundamental contar com uma plataforma de soluções de pagamento como a Payoneer, que permite centralizar e otimizar todo o processo de pagamentos e recebimentos, com o suporte e verificação internacional. Conheça nossas áreas de atuação e as soluções disponíveis!

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