No cenário atual, as empresas têm um papel importante e uma força transformadora para responder a desafios globais com soluções inovadoras que combinam impacto social e sustentabilidade financeira.
Em um mundo marcado por desigualdades crescentes, crises ambientais e desafios sociais complexos, o conceito de empreendedorismo social oferece novas perspectivas para enfrentar esses problemas, promovendo mudanças positivas em suas comunidades — e além delas.
Continue a leitura para entender o que é o empreendedorismo social e qual seu impacto na construção de um futuro mais justo e sustentável, integrando propósito nas estratégias de negócios das empresas.
O empreendedorismo social é um conceito revolucionário que une a visão estratégica do mundo dos negócios à vontade de fazer a diferença na sociedade. Um empreendedor social ou empreendedora, busca soluções inovadoras para os problemas sociais mais urgentes.
Ao contrário do empreendedorismo tradicional, cujo foco principal é o lucro, no empreendedorismo social as empresas e startups são criadas priorizando a geração de um impacto positivo na sociedade.
Este novo conceito está liderando o caminho para um mundo onde os negócios são uma força para o bem. Ao apoiar essas iniciativas, podemos contribuir para um futuro mais justo e sustentável.
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É importante conhecer as características que distinguem o empreendedorismo social de outras abordagens. Confira a seguir algumas das principais:
Entre os exemplos de empreendedorismo social, podemos citar a empresa TOMS Shoes, que opera com um modelo de negócio “um para um”, onde cada par de sapatos vendido resulta em outro par doado para uma criança necessitada.
A empresa também expandiu para outras áreas, como óculos e água limpa. Além disso, já doou milhões de pares de sapatos para crianças em mais de 70 países, além de ajudar a fornecer serviços essenciais, como tratamento de visão e acesso à água potável.
Da mesma forma, o Grameen Bank em Bangladesh oferece microcréditos para pessoas de baixa renda, especialmente mulheres, sem exigir garantias. O objetivo é combater a pobreza, capacitando as pessoas a iniciar pequenos negócios e melhorar suas condições de vida.
Desde sua fundação, o banco já ajudou milhões de pessoas a sair da pobreza, e seu idealizador, Muhammad Yunus, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2006 por essa iniciativa.
Essas e outras práticas conseguem mudar o paradigma de como fazemos negócios, colocando as necessidades sociais no centro das operações. O impacto do empreendedorismo social não apenas melhora a vida das pessoas beneficiadas, mas também cria uma mudança positiva na sociedade, transformando comunidades inteiras.
O empreendedorismo social pode se manifestar de diversas formas, com abordagens específicas para enfrentar desafios sociais e ambientais. Confira alguns tipos e as diferentes estratégias utilizadas para maximizar o impacto social em diferentes contextos:
São empresas que operam como negócios tradicionais, mas cuja missão principal é gerar impacto social ou ambiental positivo. O lucro é reinvestido na própria missão, em vez de ser distribuído entre acionistas. Um exemplo é o TOMS shoes, que citamos no tópico anterior.
Organizações que dependem de doações, subsídios e outros tipos de financiamento externo para operar. Elas se concentram em resolver problemas sociais específicos, e todo o lucro é reinvestido na causa. Um exemplo é o Médicos Sem Fronteiras, que oferece assistência médica em áreas de conflito e crise.
Combina características de negócios tradicionais e organizações sem fins lucrativos. Essas empresas geram receita através da venda de produtos ou serviços, mas também dependem de doações e parcerias para sustentar suas operações. Um exemplo é o Instituto Terra, que combina atividades de restauração ambiental com a captação de recursos.
Empresas focadas em criar novas soluções para problemas sociais, muitas vezes por meio de tecnologias, métodos ou modelos de negócios inovadores. A inovação é a principal ferramenta para escalar o impacto. Um exemplo aqui é o Grameen Bank, citado há pouco, que popularizou o conceito de microcrédito para ajudar comunidades de baixa renda.
Iniciativas que buscam influenciar ou implementar mudanças em políticas públicas para resolver problemas sociais. Esses empreendedores sociais trabalham em colaboração com governos, ONGs e outras entidades.
Podemos citar a Ashoka como exemplo, uma organização internacional sem fins lucrativos que apoia empreendedores e empreendedoras sociais que atuam em áreas como educação e saúde, influenciando políticas e práticas.
Iniciativas criadas dentro de grandes empresas, onde o foco está em gerar impacto social enquanto se mantém a rentabilidade do negócio. Essas ações podem ser parte de programas de responsabilidade social corporativa (RSC). Programas de empresas como Unilever e Danone, são alguns exemplos de empresas que integram objetivos sociais em suas operações de negócios.
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O empreendedorismo social vai além de uma simples ideia — ele requer uma compreensão profunda da teoria e aplicação prática. A teoria consiste na ideia de criar soluções sustentáveis que não apenas abordam, mas também previnem questões sociais.
Na prática, isso significa criar empresas que são tanto lucrativas quanto benéficas para a sociedade. O caminho para isso pode ser complexo e desafiador. No entanto, com o conhecimento certo e a mentalidade correta, é possível fazer a diferença enquanto se cria um negócio bem-sucedido. Confira algumas etapas práticas para começar:
Assim como qualquer outra iniciativa, é claro que o empreendedorismo social encontra inúmeros desafios. Entre os mais comuns, está a captação de recursos para financiar os projetos. Uma estratégia prática é buscar parcerias com empresas, organizações sem fins lucrativos e governos que compartilhem da mesma visão.
Outra dificuldade é como expandir o impacto social sem perder a qualidade. Para isso, uma solução pode ser a replicação de modelos de negócios comprovados e bem-sucedidos. Por fim, o maior desafio pode ser convencer as pessoas a adotarem novas práticas ou produtos. Para superar esse obstáculo, é essencial criar campanhas de conscientização.
Estamos testemunhando uma era de inovações disruptivas e mudanças revolucionárias na esfera social. A tecnologia, por exemplo, está sendo cada vez mais empregada para amplificar o impacto social, seja por meio de plataformas de crowdfunding para financiamento coletivo ou aplicativos móveis que facilitam a inclusão financeira.
A expectativa é que esse movimento direcione um fluxo significativo de capital para o setor nos próximos anos. Além disso, as políticas governamentais favoráveis estão facilitando a criação e expansão de empreendimentos sociais.
No entanto, é essencial que essas tendências sejam acompanhadas por um compromisso renovado com a missão social. Afinal, o propósito do empreendedorismo social não é apenas gerar lucro, mas também criar um mundo mais justo e sustentável!
Como vimos, o empreendedorismo social é essencial para criar mudanças positivas na sociedade. É um processo que exige paixão, perseverança e uma compreensão profunda das necessidades sociais.
A Payoneer assume sua responsabilidade e realiza diversas iniciativas voltadas para o empreendedorismo social, implementando práticas de ESG com total transparência, além de programas de inclusão e voluntariado.
Segundo John Caplan, CEO da empresa: “Pegamos o que é inerente à cultura da Payoneer e explicitamos, priorizando questões relevantes para a nossa comunidade e dando dimensão ao nosso impacto na vida dos nossos clientes.”
A estratégia de impacto social da Payoneer é construída sobre os pilares: clientes, funcionários e funcionárias, comunidade e meio ambiente. Para saber mais, confira o relatório de impacto global da Payoneer!